Biden e López Obrador ordenam redução de "passagens irregulares de fronteira"
Ambos os líderes falaram por telefone no domingo sobre como "abordar eficazmente a migração"
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do México, Andrés Manuel López Obrador, ordenaram às suas equipes que tomem "medidas concretas" para reduzir "passagens irregulares de fronteira", segundo um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira (29).
Ambos os líderes falaram por telefone no domingo sobre como "abordar eficazmente a migração" e administrar a fronteira compartilhada para "melhorar a segurança e a prosperidade", acrescenta o texto divulgado pela Casa Branca.
Leia também
• Equador processa México à CIJ por conceder asilo ao ex-vice-presidente Glas
• Polícia britânica alerta professores sobre casos de extorsão sexual com fotos íntimas de adolescente
• China estende isenções tarifárias para importações de produtos dos EUA e Canadá até novembro
"No curto prazo, os dois líderes ordenaram às suas equipes de segurança nacional que trabalhassem em conjunto para implementar imediatamente medidas concretas para reduzir significativamente as passagens irregulares da fronteira, protegendo ao mesmo tempo os direitos humanos", disse ele.
O comunicado não especifica as medidas.
Também "comprometeram-se a promover iniciativas para abordar as causas profundas da migração" que, segundo Washington, são os efeitos da pandemia de covid-19, a mudança climática, a corrupção, a violência, a pobreza e o tráfico de pessoas.
Embora ambos os países realizem eleições presidenciais este ano – o México em junho e os Estados Unidos em novembro – a crise migratória na fronteira domina a campanha dos EUA, tornando-se a ponta de lança política entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump.
A candidata esquerdista mexicana Claudia Sheinbaum, favorita segundo as pesquisas, pediu para evitar que esse tema dominasse as campanhas presidenciais.
Trump ameaça expulsar os migrantes em massa se voltar à Casa Branca. Em seus discursos, afirma que "envenenam" o sangue do país e "estão matando" os Estados Unidos.