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EUA

Biden e Trump têm reunião cordial na Casa Branca

Os ex-adversários se sentaram junto à lareira e fizeram breves declarações antes do início da reunião

Encontro entre Trump e Biden na Casa BrancaEncontro entre Trump e Biden na Casa Branca - Foto: Saul Loeb/AFP

Donald Trump fez um retorno triunfal nesta quarta-feira (13) à Casa Branca, onde teve uma reunião cordial com Joe Biden.

Após um aperto de mãos com o presidente em fim de mandato no Salão Oval, Trump, que foi o 45º presidente e logo será o 47º presidente dos Estados Unidos, afirmou que a transição será "a mais tranquila possível".

Os ex-adversários se sentaram junto à lareira e fizeram breves declarações antes do início da reunião, à qual compareceram seus respectivos chefes de gabinete: Jeff Zients por Joe Biden, Susie Wiles por Donald Trump.

"Faremos tudo o que pudermos para garantir que você tenha tudo o que precisa", disse Biden, após parabenizá-lo. "A política é dura e, em muitos casos, não é um mundo muito agradável. Hoje é um mundo agradável, e eu aprecio muito isso", comentou Trump, que ocupou o Salão Oval de 2017 a 2021.

O republicano disse ao New York Post que ele e Joe Biden ficaram felizes em se encontrar, e acrescentou que fez perguntas ao presidente democrata sobre a guerra na Ucrânia e a situação no Oriente Médio.

Cordialidade 
A reunião foi "muito cordial, muito gentil e substancial", declarou aos jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, acrescentando que Trump chegou com "uma lista de perguntas detalhadas".

O presidente Biden enfatizou que "o apoio contínuo dos Estados Unidos à Ucrânia beneficia a segurança nacional", afirmou, por sua vez, Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden.

Biden convidou seu ferrenho rival republicano após a derrota eleitoral da vice-presidente Kamala Harris na semana passada, apesar de Trump não ter feito o mesmo com ele há quatro anos.

Uma situação embaraçosa para o democrata, que sabe que a nova administração pode desmantelar grande parte de seu legado.

Biden chamou Trump de ameaça para a democracia e era o adversário do republicano na disputa pela presidência até que um desempenho desastroso em um debate eleitoral pressionou o democrata a desistir da corrida em julho.

O encontro tem um gosto amargo para o democrata e é uma revanche para o republicano.

A primeira-dama Jill Biden entregou uma carta de felicitações à mulher de Trump, Melania, que se ausentou sem dar explicações.

Antes da reunião, o magnata conversou com um grupo de republicanos, a quem mencionou a hipótese de voltar a se candidatar à Casa Branca, algo proibido pela Constituição dos Estados Unidos.

"Suspeito que não voltarei a me candidatar a menos que vocês digam: 'Ele é bom, temos que fazer outra coisa", disse Trump.

O bilionário chega a Washington D.C. em uma posição de força: seu partido retomou o controle do Senado e da Câmara dos Representantes.

Tradição
O convite de Biden restabelece uma tradição que Trump quebrou quando perdeu as eleições de 2020, ao se recusar a encontrar com o democrata e a comparecer à cerimônia de posse.

Quando Trump deixou a Casa Branca em 20 de janeiro de 2021, muitos republicanos o criticaram por ter incitado uma multidão antes do ataque ao Capitólio.

Contudo, o período de desgraça durou pouco e os republicanos voltaram a ficar ao seu lado, em parte devido à sua capacidade de mobilizar eleitoralmente o movimento de direita que o levou novamente ao poder.

Trump começa seu segundo mandato com o controle quase total sobre o partido. Ele passou a semana posterior às eleições em sua mansão da Flórida, formando a equipe de governo.

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