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Biden inicia semana crucial para a estratégia do Ocidente na Ucrânia

Um reunião realizada entre Biden e outras autoridades deverá preparar uma jornada de altíssima intensidade diplomática na quinta-feira (24) em Bruxelas

Joe BidenJoe Biden - Foto: Brendan Smialowsk/AFP

Preservar a unidade dos países ocidentais diante da Rússia desde a invasão da Ucrânia e sondar sua postura diante da China: o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, inicia uma semana de intensa atividade diplomática que o levará à Europa na quarta-feira (23). 

Biden começou esta segunda-feira (21), às 12:00 (horário de Brasília), falando com o presidente francês Emmanuel Macron, com o chanceler alemão Olaf Schoz e primeiros-ministros italiano Mario Draghi e britânico Boris Johnson. Essa reunião deverá preparar uma jornada de altíssima intensidade diplomática na quinta-feira (24) em Bruxelas. 

Biden, seus homólogos do velho continente e outros chefes de Estado e de Governo de países aliados celebrarão uma cúpula extraordinária da Otan e uma reunião do G7. Também haverá um cúpula da União Europeia para a qual está convidado o presidente americano.
 

Refugiados

De Bruxelas, Biden viajará, na sexta-feira (25) e no sábado (26) , para a Polônia, onde chegam centenas de milhares de refugiados ucranianos. Sua agenda até o momento prevê somente uma reunião com seu homólogo Andrzey Duda, o que alimenta as especulações sobre outro compromisso do presidente americano - a Casa Branca descarta uma viagem à Ucrânia. 

O democrata Biden fez duas promessas de política externa no início de seu mandato: reparar as alianças estremecidas pelo seu antecessor, o republicano Donald Trump, e dedicar-se mais à rivalidade com a China. 

A guerra na Ucrânia permitiu até agora que o mandatário americano marque a primeira quadrícula: o Ocidente impôs sanções econômicas sem precedentes à Rússia, enquanto que alguns países fizeram mudanças estratégicas dramáticas. 

Em relação ao "pivô em direção à Ásia", Biden se vê obrigado, atualmente, a ir em direção à Europa. Porém a ofensiva do presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia poderá se revelar ser um equilíbrio de poder entre Washington e Pequim. 

Os Estados Unidos aumentaram a voz na semana passada para expressar publicamente sua preocupação pelo possível apoio militar e econômico da China à Rússia. Durante uma videochamada na sexta, Biden ameaçou seu homólogo chinês, Xi Jinping, com represálias.

China

O presidente americano aposta que a severidade das sanções contra a Rússia fará a China refletir. A segunda potência econômica mundial, cujos funcionários, longe de condenar a invasão da Ucrânia, se negam inclusive a falar de "guerra", preferindo palavras como "crise" ou "situação".

Mas o cálculo de Biden só pode funcionar se os EUA e seus aliados mostrarem a mesma firmeza em direção a Pequim que a compartilharem frente a Moscou.

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