Biden levou relações russo-americanas 'à beira da ruptura', diz Moscou
Rússia convocou o embaixador do Estados Unidos após declaração de Biden sobre o presidente russo ser um criminoso de guerra
A Rússia convocou, nesta segunda-feira (21), o embaixador do Estados Unidos em sinal de protesto, depois que o presidente Joe Biden qualificou o líder russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra" em virtude do conflito na Ucrânia.
"Esse tipo de declaração do presidente americano, que não é digna de um político de alto escalão, pôs as relações russo-americanas à beira da ruptura", disse o Ministro das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
Segundo a nota, o embaixador John Sullivan recebeu uma carta formal de protesto pelas "recentes declarações inaceitáveis" de Biden. Além disso, o documento adverte que "as ações hostis contra a Rússia receberão uma resposta firme e decisiva".
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Biden qualificou Putin como um "criminoso de guerra" em declarações à imprensa na semana passada, em meio aos intensos combates na Ucrânia, desde que Moscou enviou dezenas de milhares de tropas ao país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, havia denunciado que as palavras de Biden faziam parte de uma retórica "inaceitável e imperdoável".
Por sua vez, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, reafirmou que os Estados Unidos viam "provas claras" de que os russos "intencionalmente tem os civis como alvo e realizam ataques cegos".
"Os comentários do presidente Biden da semana passada se referem ao horror da brutalidade da Rússia contra um vizinho inocente", assinalou.
Por outro lado, Ned Price não quis confirmar o risco de "ruptura" nas relações diplomáticas.
"Pensamos que é importante manter canais de comunicação com a Rússia" e uma embaixada americana em Moscou e uma russa em Washington, "sobretudo durante estes tempos de tensão" e "de conflito", afirmou o porta-voz aos jornalistas.