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Biden multiplica homenagens às lutas dos afro-americanos

Biden "reconheceu que, nos anos 1940 e 1950, as pessoas que vinham aqui assumiam um risco"

Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenPresidente dos Estados Unidos, Joe Biden - Foto: Jim Watson/AFP

O presidente Joe Biden vai homenagear até o próximo domingo as grandes lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, no momento em que ele perde espaço entre os eleitores afro-americanos, segundo pesquisas.

Nesta quinta-feira (16), o democrata, de 81 anos, comemorou o 70º aniversário da famosa decisão da Suprema Corte americana que derrubou a segregação racial nas escolas, ao se reunir com figuras-chave do caso no Salão Oval. Entre elas estavam Adrienne Jennings Bennett, uma das demandantes no caso de 1954, e Cheryl Brown Henderson, filha do demandante Oliver Brown.

Biden "reconheceu que, nos anos 1940 e 1950, as pessoas que vinham aqui assumiam um risco" ao decidirem fazer parte do caso, disse Cheryl após a reunião.

Em uma sentença de 1954, a Suprema Corte dos Estados Unidos determinou que a separação entre alunos brancos e negros nas escolas violava a Constituição. A decisão anulou a jurisprudência de "separados, mas iguais", que permitia aos estados do Sul, províncias escravistas no passado, a prática da segregação racial.

Biden fará um discurso amanhã no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington. Em seguida, vai se reunir com representantes das Divine Nine, fraternidades e irmandades típicas das universidades americanas fundadas por estudantes negros.

No domingo, Biden deve participar da cerimônia de graduação da Morehouse College, em Atlanta (sudeste), onde o grande líder da luta pelos direitos civis nos anos 1970, Martin Luther King, estudou. Resta saber como o democrata será recebido, considerando que algumas dessas colações de grau foram interrompidas devido a manifestações pró-palestinos.

De acordo com pesquisas recentes, Biden continua contando com o apoio majoritário do eleitorado negro, mas parte deles lhe virou as costas, sobretudo os mais jovens, em alguns dos estados em disputa.

Um dos participantes da reunião de hoje, o presidente da organização de defesa dos direitos civis NAACP, insistiu em que "as pesquisas erraram" nas eleições anteriores e negou que o apoio ao presidente democrata esteja diminuindo. "Espero que os americanos percebam que, se quisermos continuar sendo uma grande democracia, temos que participar no mais alto nível", declarou Derrick Johnson.

A mobilização dos cidadãos afro-americanos foi decisiva na vitória de Biden contra Donald Trump em 2020.

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