Biden não espera escalada por manobras chinesas as redor de Taiwan
Os exercícios, os maiores da história da China, deveriam terminar no domingo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou nesta segunda-feira (8) preocupação com os contínuos exercícios militares da China em torno de Taiwan, mas disse que não espera uma escalada.
"Não estou preocupado, mas me inquieta que estejam fazendo tanto barulho. Mas não acho que vão fazer nada além do que estão fazendo", disse Biden a repórteres na Base da Força Aérea em Dover, Delaware.
A China continua com os exercícios militares em torno de Taiwan, desafiando os pedidos do Ocidente e do Japão para encerrar os exercícios lançados após uma visita a Taipei pela presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
Os exercícios, os maiores da história da China, deveriam terminar no domingo.
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A viagem de Pelosi a Taiwan na semana passada, a visita de mais alto escalão de uma autoridade dos EUA em décadas, irritou Pequim, que considera a ilha como parte de seu território.
Em retaliação, a China suspendeu uma série de discussões e cooperação com os Estados Unidos, em particular sobre mudanças climáticas e defesa.
Também implantou caças, navios de guerra e mísseis balísticos no que os analistas descreveram como um ensaio para um bloqueio e invasão da ilha de Taiwan.
A intensidade dos exercícios irritou os Estados Unidos e outras democracias. Taipei condenou Pequim nesta segunda-feira por continuar as manobras.
Washington mantém uma política de "ambiguidade estratégica" sobre se realmente interviria militarmente se a China invadisse Taiwan.
No que é chamado de "política de uma só China", reconhece Pequim, mas deixa que os dois lados encontrem uma solução, enquanto se opõe a qualquer uso da força para mudar o status quo.