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Biden pede a Netanyahu 'consenso' sobre controversa reforma judicial em Israel

Comunicado da Casa Branca enfatiza que a reforma deve respeitar valores democráticos fundamentais

BidenBiden - Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu neste domingo (19) ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um "consenso" sobre a controversa reforma do sistema de Justiça de Israel, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

Durante uma ligação telefônica com o primeiro-ministro, Biden enfatizou que a reforma deve respeitar os valores democráticos fundamentais, afirmou a Presidência dos Estados Unidos.

Os princípios democráticos são uma "marca registrada" das relações entre os Estados Unidos e Israel, disse o presidente americano.

Esta é sua primeira declaração pública sobre o assunto. Biden "ofereceu seu apoio aos esforços em curso para encontrar um consenso (...) de acordo com esses princípios fundamentais", afirma o comunicado.

"As sociedades democráticas são fortalecidas por controles e equilíbrios reais" e qualquer mudança substancial deve ter o "apoio popular mais amplo possível", disse Biden a Netanyahu.

Anunciada no início de janeiro, a reforma judicial israelense inclui a introdução de uma cláusula de "anulação" que permite ao Parlamento anular uma decisão da Suprema Corte por maioria simples.

Para seus críticos, isso coloca em perigo o caráter democrático do Estado de Israel e poderia ajudar a anular uma possível condenação de Netanyahu, julgado por corrupção em vários casos.

O primeiro-ministro e seus aliados acreditam, por sua vez, que a reforma é necessária para restabelecer um equilíbrio de poder entre os legisladores e o mais alto tribunal, que consideram politizado.

Já foram adotadas várias disposições em primeira discussão no Parlamento.

Milhares de manifestantes em Israel voltaram às ruas no sábado pela décima primeira semana consecutiva para protestar contra a reforma.

Na quarta-feira, o presidente de Israel, Isaac Herzog, apresentou um esboço de consenso sobre o projeto de reforma, que foi aceito pelos líderes dos partidos de oposição, mas rejeitado imediatamente pela coalizão governante.

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