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EUA

Biden pede novo pacote de estímulo para enfrentar 'inverno sombrio' em meio à pandemia

Presidente eleito também diz que vacinação é necessária para que economia possa retomar

Joe BidenJoe Biden - Foto: ALEX WONG / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Gett

O presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira (16) que é necessário aprovar o quanto antes um novo programa de estímulos econômicos.

Ele também defendeu elaborar rapidamente um plano de vacinação para acelerar o controle do coronavírus e garantir uma reabertura segura e a retomada da economia do país.

As afirmações foram feitas após Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris se reunirem com líderes empresariais e sindicais para discutir questões econômicas. Entre os presentes estavam os presidentes de empresas como General Motors, Gap, Microsoft, Target e de sindicatos como AFL-CIO e United Auto Workers.

"Todos concordamos que queremos colocar a economia de volta no caminho certo. Precisamos que nossos trabalhadores estejam de volta ao trabalho, colocar o vírus sob controle. Estamos entrando em um inverno muito sombrio. As coisas vão ficar muito mais difíceis antes que fiquem mais fáceis. Isso requer muito esforço para lutar contra a Covid-19, para que possamos abrir nossos negócios de forma segura, retomar nossas vidas e deixar essa pandemia para trás. Isso pode ser difícil, mas pode ser feito", afirmou Biden.

Enquanto isso, segundo Biden, é necessário que o Congresso aprove o quanto antes o novo pacote de estímulo econômico. Para ele, é possível colocar democratas e republicanos juntos nessa causa.

"Para milhões de americanos que perderam horas [de trabalho] ou perderam empregos, todos em nosso encontro concordamos que podemos oferecer alívio imediato e isso precisa ser feito rapidamente", disse Biden.

"Imediatamente o Congresso precisa se reunir e aprovar um pacote de ajuda da Covid, como a Câmara aprovou seis meses atrás."

Democratas e republicanos discutem um novo pacote de estímulo, em mais uma tentativa de reduzir o impacto do coronavírus na economia dos EUA. O valor da proposta gira em torno de US$ 2 trilhões.

A medida, que ainda precisa ser aprovada pelo Legislativo, prevê uma segunda rodada de pagamentos de US$ 1.200 aos americanos, mas reduz de US$ 600 para US$ 200 o valor semanal do seguro-desemprego repassado pelo governo Trump aos que perderam trabalho em meio à pandemia.

O projeto, entre outros itens, também destina US$ 105 bilhões em recursos para ajudar na reabertura das escolas, US$ 16 bilhões para subsidiar testes de Covid-19 e pelo menos mais US$ 100 bilhões no auxílio para pequenas empresas, com incentivos para a recontratação de trabalhadores.

Ele comemorou os resultados positivos com as vacinas da Moderna e da Pfizer e disse que todos os presentes concordaram que, quanto mais cedo houver um plano de vacinação, mais rápido será possível deixar a pandemia para trás.

Para Biden, uma coisa é ter a vacina e outra é viabilizar a vacinação em massa da população para que seja possível controlar o vírus. "Se tivermos de esperar até 20 de janeiro [data da sua posse] para começar o planejamento de vacinação, isso nos deixará para trás."

Questionado por repórteres sobre a segurança das vacinas em desenvolvimento, Biden afirmou que não hesitaria em se vacinar caso elas sejam aprovadas pelas empresas e órgãos de controle. Disse ainda que a resistência à vacinação se deve a comentários do atual presidente Donald Trump.

Sobre os planos para a economia, ele afirmou que o governo segue comprometido com propostas como o plano de reforma de tributos e os incentivos para a indústria norte-americana, como o programa "Buy American".

"Nenhum contrato governamental será dado a empresas que não fazem produtos nos EUA", afirmou.

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