Biden revela plano de construir silos para ajudar Ucrânia a exportar trigo
A invasão russa da Ucrânia teve um impacto global com pressões inflacionárias que vêm agravando a crise alimentar
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou nesta terça-feira (14) um plano do Ocidente para construir silos nas fronteiras da Ucrânia para facilitar a exportação de trigo, diante do bloqueio russo dos portos do Mar Negro.
A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, teve um impacto global com pressões inflacionárias que vêm agravando a crise alimentar devido ao aumento dos preços de grãos e fertilizantes.
Biden culpou o presidente russo, Vladimir Putin, pelos altos preços dos alimentos nos Estados Unidos e advertiu que o plano para ajudar a levar mais trigo ucraniano para os mercados mundiais estava "levando tempo".
"Estou trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros europeus para colocar no mercado 20 milhões de toneladas de grãos bloqueados na Ucrânia para ajudar a reduzir os preços dos alimentos", disse Biden durante uma convenção sindical na Filadélfia.
Leia também
• Rússia bombardeia norte da Ucrânia e quatro cidades são evacuadas
• Anistia Internacional acusa Rússia de crimes de guerra na Ucrânia
• Rússia anuncia ataque a depósito de armas ocidentais na Ucrânia
"O que a guerra de Putin faz não é só tentar acabar com a cultura dos ucranianos, dizimar sua gente, cometer inumeráveis crimes de guerra, mas que também [faz com que] milhares de toneladas de grãos permaneçam bloqueadas", disse o mandatário.
"Não podem sair pelo Mar Negro porque são bombardeados fora da água", acrescentou. Biden disse que a alternativa de exportar os grãos por terra é complicada, porque as ferrovias ucranianas usam uma bitola de trilho diferente da dos países vizinhos.
Para ajudar a superar a situação, "vamos construir silos, silos temporários, nas fronteiras da Ucrânia, inclusive na Polônia, para que possamos transferir [os grãos] para esses silos, [depois] para veículos na Europa e levá-los ao oceano para fazê-los chegar a todo o mundo", detalhou.