INTERNACIONAL

Biden segue considerando Nicarágua uma 'ameaça' para a segurança dos EUA

Relação entre os Estados Unidos e Ortega está especialmente tensa desde as eleições nicaraguenses de 2021

O presidente Joe Biden discursa durante a Semana dos Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC)O presidente Joe Biden discursa durante a Semana dos Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) - Foto: Brendan Smialowski / AFP

O presidente Joe Biden ordenou prolongar por um ano a declaração de emergência nacional pela "ameaça" que a situação na Nicarágua representa para "a segurança nacional e a política externa" dos Estados Unidos, informou a Casa Branca nesta quinta-feira (16).

A situação na Nicarágua, governada pelo presidente Daniel Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, "continua representando uma ameça incomum e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos", aponta Biden em um decreto.

O presidente cita "a resposta violenta" aos protestos que começaram em abril de 2018, "o contínuo desmantelamento e enfraquecimento sistemáticos das instituições democráticas e o estado de direito", o "uso da violência indiscriminada e as táticas repressivas contra os civis" e a corrupção "que leva à desestabilização da economia".

Por esse motivo, Biden decidiu que a emergência nacional declarada em 2018 siga em vigor, uma vez que ela expire em 27 de novembro.

Os protestos antigovernamentais de 2018, que duraram pelo menos três meses com bloqueios de estradas e confrontos, deixaram mais de 300 mortos, segundo a ONU.

O governo Ortega os vinculou a um suposto golpe de Estado fracassado promovido por Washington.

A relação entre os Estados Unidos e Ortega, antigo guerrilheiro no poder desde 2007, está especialmente tensa desde as eleições nicaraguenses de 2021, consideradas fraudulentas pela comunidade internacional e que se realizaram com os rivais do presidente presos ou no exílio.

Os Estados Unidos e a União Europeia sancionaram o governo da Nicarágua pelas suas medidas contra os opositores, muitos dos quais foram detidos, forçados ao exílio ou furtados da sua nacionalidade. Além disso, Manágua proibiu mais de 3 mil ONGs.

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