Biden: vazamento de documentos "preocupa", mas não há risco imediato
As autoridades americanas não confirmaram publicamente a autenticidade desses arquivos
O presidente de Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (13) estar "preocupado" com o vazamento de documentos altamente sensíveis de seu governo, mas pareceu descartar qualquer risco imediato.
"Estou preocupado com o que aconteceu", afirmou Biden, em conversa com jornalistas na Irlanda, para onde viajou. O presidente acrescentou que a investigação em curso está se "aproximando" de algumas conclusões.
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O Departamento de Justiça dos EUA iniciou uma investigação criminal depois do vazamento dos documentos em redes sociais. Esses papéis detalham os planos de Washington sobre a guerra na Ucrânia e incluem análises confidenciais sobre seus aliados.
Na segunda-feira (10), o Pentágono considerou que o vazamento supõe um "risco muito grave" para a segurança nacional do país.
As autoridades americanas não confirmaram publicamente a autenticidade desses arquivos, que também não foram verificados por nenhuma fonte independente.
Segundo o jornal The Washington Post, os documentos foram vazados por um jovem entusiasta de armas, que os compartilhou em um grupo privado da plataforma Discord.
O jovem, que usava o pseudônimo "OG", publicou durante meses centenas de páginas copiadas de documentos da base militar na qual trabalhava, detalhou o jornal.
Os documentos publicados mencionam as preocupações dos serviços de Inteligência americanos em relação à viabilidade de uma contraofensiva ucraniana contra as forças russas, devido a problemas de formação e de abastecimento.
Um documento verificado pela AFP expõe as preocupações dos Estados Unidos com a capacidade da Ucrânia para continuar se defendendo dos bombardeios russos.