EUA

Biden viaja para a Europa para reforçar laços com aliados da Otan

Presidente americano fará paradas no Reino Unido, Lituânia e Finlândia durante viagem oficial

Joe Biden, presidente dos Estados UnidosJoe Biden, presidente dos Estados Unidos - Foto: Saul Loeb/ AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, partirá para a Europa em uma semana para estreitar laços com os principais aliados da Otan após o levante do Grupo Wagner na Rússia. Biden planeja manter conversas com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, antes de ir para Vilnius, na Lituânia, para a 74ª cúpula da Otan, e terminará na Finlândia com uma reunião de líderes nórdicos, informou a Casa Branca em comunicado.

A visita de 9 a 13 de julho ocorre em um cenário de tensões crescentes na Rússia, depois que a rebelião de curta duração liderada pelo chefe mercenário Yevgeny Prigojin abalou a autoridade do presidente Vladimir Putin. Disputas internas se espalham por Moscou, à medida que o presidente russo avança sobre figuras que supostamente apoiaram o motim.

Integrantes do grupo mercenário Wagner, enquanto isso, podem estar prestes a se reagrupar em massa na Bielorrússia, onde receberam a promessa de uma recepção calorosa do presidente Alexander Lukashenko, um aliado de Putin.

Há sinais de que Washington percebe o momento como uma oportunidade, mesmo que insista que está adotando uma abordagem de não interferência em assuntos internos da Rússia.

William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência, disse no sábado que o descontentamento com a guerra “continuará corroendo a liderança russa", apesar da constante de propaganda e repressão do Estado. Para a inteligência dos EUA, isso criou “uma oportunidade única em uma geração”, disse ele, acrescentando que não iria ser desperdiçada.

Em Vilnius, o foco será a Ucrânia e a possibilidade de os membros da aliança militar estabelecerem um caminho claro para que a nação devastada eventualmente se junte à Otan, como o presidente Volodymyr Zelenskiy pediu.

A visita de Biden ao Reino Unido pode oferecer uma distração bem-vinda para Sunak, que pode se concentrar pelo menos brevemente na diplomacia após uma série de contratempos domésticos contundentes.

O primeiro-ministro, que também deve participar da cúpula da Otan, está sentindo o calor depois de um mês que expôs o estado lamentável da economia do Reino Unido, assolada por inflação persistente, aumento das taxas de juros e a ameaça de recessão.

A semana passada trouxe mais contratempos: o possível colapso do fornecedor de água de Londres e uma decisão judicial que considerou ilegal a principal política do governo de deportar migrantes para Ruanda.

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