Biólogos explicam e orientam população sobre fenômeno Maré Vermelha nas praias de Pernambuco
O mesmo caso também foi registrado no Litoral Norte de Alagoas, em Barra de Santo Antônio
Algumas praias do Litoral Sul de Pernambuco, como Tamandaré e Maracaípe, estão sofrendo com um fenômeno natural identificado como Maré Vermelha. O problema tem causado intoxicação em banhistas e surfistas.
Trata-se de um acúmulo de microalgas, que quando recebem cargas excessivas de nutrientes formam grandes populações e, durante seu metabolismo, liberam toxinas que ficam na água e, às vezes, vão até para a atmosfera, podendo ser inaladas por quem está na parte costeira.
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O mesmo caso também foi registrado no Litoral Norte de Alagoas, em Barra de Santo Antônio.
"Todas as células quando fazem o metabolismo liberam excrementos. Para as microalgas, quando elas recebem nutrientes a mais e geralmente estão em temperaturas altas e em baías confinadas, elas se multiplicam e formam uma população de bilhões de organismos. Durante a fotossíntese, são liberados elementos tóxicos que contamimam animais marinhos, moluscos e quem entra em contato com a água. Às vezes, é tão forte que se desprende da água e vem para o ar, que fica contaminado. Os sintomas, para quem foi intoxicado, duram uns dois dias", afirmoa o biólogo Everthon Xavier.
Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça, náuseas, vômito, tosse, coriza e irritação na pele.
O biólogo Múcio Banja explicou sobre o processo e como agir para se proteger.
"Esse fenômeno é relativamente comum em várias partes do planeta. Essas microalgas, embora causem a Maré Vermelha, têm um papel importante no equlíbrio dos oceanos. A questão é que elas formam grandes populações e muitas vezes algumas espécies formam manchas escuras, de cor avermelhada, o que originou o nome. Em algumas situações do planeta, pelo geomorfologia, é mais fácil prever. Aqui, foi um fenômeno isolado, após um conjunto de combinações como vento, correntes marinhas e nutrientes em excesso. A melhor medida é se afastar um pouco da praia e esperar uns três ou quatro dias, para que toda essa substância tóxica seja diluída no oceano e carregada pelo vento para longe da região costeira", aconselha.