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RISCO

Blinken alerta que conquistas da Ucrânia correm riscos se EUA não renovar financiamento

Os Estados Unidos enviaram dezenas de bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022

Autoridades dos Estados Unidos e da Otan têm observado avanços limitados na contraofensiva lançada pela Ucrânia Autoridades dos Estados Unidos e da Otan têm observado avanços limitados na contraofensiva lançada pela Ucrânia  - Foto: MANDEL NGAN/AFP

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou nesta segunda-feira (29) que os avanços da Ucrânia ao longo de dois anos de combates estão em perigo se Washington não renovar seu apoio financeiro a Kiev, enquanto o chefe da Otan visita Washington para defender a continuação dessa ajuda.

Os Estados Unidos enviaram dezenas de bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022, mas o crédito se esgotou no final do ano passado. O presidente Joe Biden pediu ao Congresso a aprovação de uma nova ajuda de US$ 61 bilhões (R$ 300 bilhões), mas as negociações com os republicanos estão estagnadas.

Sem o financiamento adicional, "tudo o que os ucranianos conquistaram e o que ajudamos a conquistar estará em perigo", disse Blinken em uma coletiva de imprensa conjunta com Jens Stoltenberg.

"Sem esse suplemento, enviaremos uma mensagem forte e equivocada aos nossos adversários de que não estamos comprometidos na defesa da liberdade e da democracia", alertou.

"Isso simplesmente reforçará a ideia [no presidente russo] Vladimir Putin de que, de alguma forma, pode prevalecer sobre a Ucrânia e sobre nós", disse.

As negociações estão paralisadas porque os legisladores republicanos, furiosos com os fluxos recordes de imigrantes através da fronteira com o México, estão exigindo um endurecimento da política de imigração e controle de fronteiras como condição para aprovar mais dinheiro para a Ucrânia.

"Será uma tragédia para os ucranianos se o presidente Putin vencer, mas também tornará o mundo mais perigoso e todos nós mais inseguros", afirmou Stoltenberg, que se reunirá com congressistas americanos na terça-feira.

"Isso encorajará outros líderes autoritários, não apenas Putin, mas também Coreia do Norte, Irã e China, a usar a força", acrescentou.

Donald Trump, o provável candidato republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro, e que frequentemente elogiou Putin, está instando os legisladores republicanos a rejeitar o acordo sobre imigração que está sendo negociado no Congresso.

Autoridades dos Estados Unidos e da Otan têm observado avanços limitados na contraofensiva lançada pela Ucrânia no ano passado.

No entanto, Stoltenberg disse que, a longo prazo, os ucranianos superaram as expectativas ao recuperar metade do território tomado pela Rússia.

Stoltenberg se reuniu anteriormente no Pentágono com o secretário de Defesa, Lloyd Austin; com o alto oficial militar dos Estados Unidos, general Charles "CQ" Brown; e depois na Casa Branca com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional.

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