Blinken diz que China pretende ser 'potência dominante' no mundo
De acordo com o secretário, a China pretende ultrapassar a nação norte-americana nas questões militares, econômicas e diplomáticas
A China quer superar os Estados Unidos como maior potência do mundo, afirmou nesta quinta-feira (28) o secretário de Estado americano, Antony Blinken, alertando também sobre a questão de Taiwan.
"Acho que o que pretende é ser a potência dominante no mundo, militar, econômica e diplomaticamente", disse Blinken quando questionado em um fórum sobre as intenções da China.
"É isso que Xi Jinping procura", acrescentou, sobre o presidente chinês.
O secretário de Estado declarou que "não é uma surpresa" que Pequim busque este status, considerando a "história extraordinária" deste país, disse ele no evento organizado pela revista The Atlantic.
"Penso que se olharmos e ouvirmos os líderes chineses, veremos que eles estão tentando recuperar o que acreditam ser o seu lugar de direito no mundo", completou.
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Sucessivos presidentes dos Estados Unidos classificaram este gigante asiático como o principal desafio a longo prazo para os EUA, no entanto, alguns analistas americanos observaram que as ambições de Pequim estão mais centradas em reduzir a influência de Washington na Ásia do que em seu papel global.
As disputas comerciais, a questão de Taiwan e a presença chinesa no mar da China Meridional, o que os EUA classificam como uma política expansionista, são alguns dos temas que acirram estes dois países, que renovaram seu diálogo nos últimos meses, após a visita de funcionários de alto escalão americanos, incluindo Blinken, à maior potência do continente asiático.
O chefe da diplomacia americana afirmou que há muito em jogo em Taiwan devido ao seu papel para a economia mundial.
"Se houver uma crise em Taiwan precipitada pelas ações chinesas, teríamos uma crise econômica global", disse ele.
Pequim considera esta ilha autônoma como uma província própria, e aguarda sua reunificação ao resto de seu território. Para isso, aumentou, nos últimos anos, a pressão diplomática e militar sobre a mesma.
"Queremos, todos querem, paz e estabilidade e todos querem que o status quo seja preservado", reforçou Blinken.