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Blinken diz que houve "bom progresso" por cessar-fogo no Líbano

O plano dos enviados de Washington propõe uma retirada do Hezbollah e das tropas israelenses do sul do Líbano

Tropas israelenses no LíbanoTropas israelenses no Líbano - Foto: Jalaa Marey/AFP


O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou, nesta quinta-feira (31), que as negociações para um eventual cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista Hezbollah no Líbano tiveram um "bom progresso".

Washington "está trabalhando arduamente" para alcançar um acordo que incluiria a retirada de tropas do movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, da região da fronteira com Israel, indicou Blinken durante uma coletiva de imprensa.

"Com base em minha recente viagem à região e no trabalho que está sendo realizado, fizemos um bom progresso nesses entendimentos", afirmou o secretário de Estado americano.

"Ainda temos mais trabalho a fazer", acrescentou Blinken, reiterando seu pedido por "uma solução diplomática, incluindo um cessar-fogo".

Os enviados da Casa Branca, Amos Hochstein e Brett McGurk, participaram de uma reunião nesta quinta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para quem qualquer acordo sobre o Líbano deve garantir a segurança de seu país.

Segundo meios de comunicação israelenses que citam fontes governamentais, o plano dos enviados de Washington propõe uma retirada do Hezbollah e das tropas israelenses do sul do Líbano, enquanto o controle da área ficaria nas mãos do Exército libanês e das forças de paz da ONU.

Dessa forma, o Líbano teria a responsabilidade de evitar que o Hezbollah se rearmasse com armas importadas, e Israel manteria seu direito de autodefesa, respeitando o direito internacional, segundo o documento.

Principal aliado militar de Israel, os Estados Unidos não solicitaram um cessar-fogo imediato no Líbano e apoiaram os bombardeios israelenses contra o Hezbollah, embora tenham expressado preocupação com a situação dos civis.

Blinken voltou a pedir a aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que permitiu o fim da guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006, ao estipular que apenas as forças de paz da ONU e o Exército libanês devem estar posicionados no sul do Líbano.

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