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Investigação

Boeing enfrenta mais uma investigação por falha em avião 737 Max. Veja qual foi o problema dessa vez

Sistema de leme de uma aeronave da série operada pela United Airlines deu problema na hora do pouso, no mês passado, nos EUA

O modelo Boeing 737 Max não voa mais desde 2019 O modelo Boeing 737 Max não voa mais desde 2019  - Foto: Divulgação/Boeing

Investigadores americanos estão investigando outro incidente envolvendo o avião 737 Max da Boeing, um caso em que os pilotos de um 737 Max 8 da United Airlines disseram que os pedais do leme não funcionaram quando estavam pousando.

Segundo eles, os pedais que controlam o leme, um dispositivo fundamental para ajudar a manobrar um avião, ficaram presos quando aterrissaram no Aeroporto Internacional Newark Liberty em 6 de fevereiro, informou o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB na sigla em inglês) em um relatório preliminar nesta quinta-feira.

O incidente é o mais recente envolvendo o avião a jato mais vendido da Boeing, que foi suspenso em todo o mundo em 2019 após o segundo de dois acidentes fatais que mataram 346 pessoas.

No início deste ano, um painel que cobria uma porta não utilizada em um 737 Max 9 se abriu durante o voo, aparentemente porque não foi fixado corretamente em uma fábrica da Boeing durante a montagem final, de acordo com as conclusões preliminares do NTSB.

A Boeing trabalhou com a NTSB e a United para ajudar a diagnosticar o problema, que foi resolvido com a substituição de peças no sistema de controle do leme do avião, informou a empresa em comunicado. "Apreciamos o trabalho do NTSB nesse relatório preliminar e continuaremos a apoiar totalmente sua investigação", disse a empresa.

Após o pouso do voo da United com 155 passageiros e seis tripulantes, os pilotos disseram que os pedais do leme não se moviam, de acordo com o relatório do NTSB. Normalmente, o leme é usado para dirigir na pista até que o avião diminua a velocidade. Ninguém ficou ferido.

Três dias depois, os pilotos da United realizaram um voo de teste com o avião e o leme ficou preso novamente, informou o NTSB. A companhia aérea notificou os investigadores após a segunda falha. Os dados capturados pelo gravador de voo do jato confirmaram as falhas, disse o Conselho.

Um exame inicial não conseguiu encontrar nenhuma "falha óbvia" no sistema do leme. Mas os testes do equipamento em um laboratório para simular as baixas temperaturas em alta altitude mostraram que isso poderia provocar uma falha.

O NTSB está realizando exames adicionais, disse.

Depois que os componentes do controle do leme foram substituídos no avião da United, ele funcionou sem problemas nos testes.

O sistema de leme do Max é idêntico ao dos modelos anteriores do 737 conhecidos como NG, ou Next Generation, de acordo com a Boeing. Houve duas falhas semelhantes em 737 NGs em 2019 que também foram resolvidas com a substituição de componentes, disse a empresa.

Um problema separado no leme dos modelos 737 anteriores causou dois acidentes fatais na década de 1990, matando 157 pessoas. Nesses casos, o NTSB descobriu que uma falha rara poderia fazer com que o leme oscilasse agressivamente para um lado, dificultando o controle dos aviões.

O problema identificado então levou a um reprojeto da peça, e não há indicação de que o problema tenha retornado.

No final de dezembro, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA na siga em inglês) informou separadamente que estava monitorando as inspeções dos aviões Max para verificar se havia parafusos soltos no sistema de controle do leme, depois que um operador encontrou um parafuso sem porca.

Posteriormente, o fabricante do avião encontrou uma porca apertada incorretamente em uma aeronave não entregue.

As inspeções foram concluídas e nenhum outro parafuso solto foi encontrado entre os 1.200 jatos Max em operação, informou a empresa.

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