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EUA

Bolsas europeias fecham com perdas após quebras bancárias nos EUA

Depois de começarem o dia operando perto da estabilidade com o anúncio da adoção de medidas excepcionais, mercados europeus fecham em queda

EurosEuros - Foto: Pexels

As bolsas europeias terminaram o pregão desta segunda-feira (13) com fortes quedas, ante o temor de contágio no setor bancário, após as falências de três bancos americanos nos últimos dias.

Depois de começarem o dia operando perto da estabilidade com o anúncio da adoção de medidas excepcionais, os mercados europeus despencaram no fechamento.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, encerrou a sessão com queda de 2,90%, e o DAX, de Frankfurt, com baixa de 3,04%.

O FTSE-100, de Londres, perdeu 2,58% no fechamento, enquanto o índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, fechou com perdas de 4,03%.

O Ibex-35, de Madri, também terminou a sessão no vermelho, com -3,51%.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio perdeu 1,11%, mas Xangai subiu 1,20%, e Hong Kong, 1,95%.

Em Nova York, por volta das 17h30 GMT (14h30 em Brasília), o Dow Jones operava perto da estabilidade (+0,08%); enquanto o tecnológico Nasdaq subia 0,73%; e o S&P 500, 0,18%.

"Tínhamos esquecido até que ponto o sistema bancário depende da confiança", disse à AFP Lionel Melka, sócio da Swann Capital.

A confiança nos bancos regionais americanos parece ter caído depois das três falências nos últimos dias, entre elas a do Silicon Valley Bank (SBV).

No fim de semana, as autoridades americanas tomaram medidas para tentar conter a desconfiança no sistema bancário do país e evitar saques em massa de depósitos que poderiam enfraquecê-lo ainda mais.

Entre as medidas anunciadas no domingo, as autoridades vão garantir o saque de todos os depósitos do SVB. O Federal Reserve (Fed, Banco Central) dos Estados Unidos também se comprometeu a emprestar os recursos necessários para outros bancos que precisarem, de modo a atender as demandas de retirada por parte dos correntistas.

"Não se trata de um resgate federal, mas de oferecer garantias" para que os compradores apareçam "rapidamente" para o banco falido, explicou o analista Alexandre Baradez, do IG.

"Elos frágeis"
Depois das quedas de sexta-feira, os bancos europeus voltaram ao vermelho nesta segunda.

O alemão Commerzbank despencou 12,71%, e o Crédit Suisse, 9,58%. Já os franceses BNP Paribas e Société Générale caíram 6,80% e 6,23%, respectivamente, e os italianos Unicredit, 8,49%. O espanhol Santander perdeu 7,4%, e o alemão Deutsche Bank, 4,9%.

Em Londres, o gigante bancário HSBC, que comprou a divisão britânica do SVB pelo valor simbólico de uma libra, perdeu 4,13%.

"Longe de acalmar os nervos, o ambiente de contágio aumentou ainda mais com os investidores se desfazendo de ativos de risco em toda a Europa", disse Fiona Cincotta, analista do City Index, à AFP.

Os fortes aumentos das taxas de juros no ano passado para combater a inflação contribuíram para enfraquecer os bancos e desacelerar a atividade econômica. Agora, os bancos centrais podem baixar o ritmo em sua próxima reunião, de 21 e 22 de março.

Já a taxa de juros dos títulos da dívida americana com vencimento em 10 anos foi de 3,51%, contra 3,70% no fechamento de sexta-feira, enquanto o papel alemão com vencimento para o mesmo prazo foi negociado a 2,26%, ante 2,50% na sexta.

Às 16h30 GMT (13h30 em Brasília), o dólar estava em baixa em relação a outras moedas, com o euro subindo 0,89%, a US$ 1,0738, e a libra subindo 1,06, a US$ 1,2157.

O Bitcoin, por sua vez, subia 12%, cotado a US$ 24.100.

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