Bom Jardim: menina que morreu após inalar desodorante já havia aspirado aerossol outras vezes
Informação foi divulgada em nova nota emitida pela Prefeitura de Bom Jardim, com base nos relatos da mãe no Boletim de Ocorrência
A menina de 11 anos que morreu após inalar desodorante aerossol em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, já havia aspirado o produto outras vezes.
A informação foi divulgada nessa quarta-feira (13), em nova nota emitida pela Prefeitura de Bom Jardim, com base nos relatos do Boletim de Ocorrência.
Segundo o comunicado, a mãe de Brenda Sophia Melo de Santana informou que a menina tinha o hábito de inalar desodorante e já havia sido advertida diversas vezes pelos pais.
"Até o momento, não há informações sobre como a criança teve acesso ao produto. O pai, a mãe e a avó prestarão depoimento para auxiliar na apuração dos fatos", afirma a nota.
No último domingo (9), a garota deu entrada no Hospital Municipal Dr. Miguel Arraes, às 16h24, acompanhada de sua mãe, apresentando sinais de gravidade.
De acordo com informações da equipe médica, a criança teve parada cardiorrespiratória a caminho do hospital e chegou à unidade desacordada.
"Apesar dos esforços dos profissionais de saúde e da realização dos protocolos de reanimação, infelizmente, o óbito foi decretado após 40 minutos de atendimento", afirmou a Prefeitura de Bom Jardim.
Apesar de associada, preliminarmente, à inalação de desodorante aerossol, a divulgação concreta da real causa da morte depende do resultado do laudo tanatoscópio, realizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, no Agreste.
"Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares e amigos de Brenda Sophia, expressando nossas mais sinceras condolências e colocando a Secretaria Municipal de Assistência Social e Combate à Fome à disposição para acolher e amparar a família", declarou a prefeitura.
Além disso, a gestão municipal alertou sobre a importância do diálogo e da orientação familiar sobre os riscos associados ao uso inadequado de substâncias químicas e produtos domésticos, bem como os perigos relacionados ao uso de smartphones, internet e redes sociais, especialmente em desafios virtuais que podem comprometer a saúde e a vida dos jovens.
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a Delegacia de Bom Jardim investiga o óbito como "morte a esclarecer".