Bomba nuclear: ministro israelense é suspenso por Netanyahu após sugerir detonação em Gaza
Declaração feita em entrevista a rádio gerou reações duras no mundo árabe
O ministro israelense Amichai Eliyahu foi suspenso, neste sábado (4), de reuniões do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após sugerir que detonar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza era uma opção para o governo. O titular da pasta de Assuntos e Patrimônio de Jerusalém fez a afirmação em um programa de rádio.
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A declaração repercutiu nos países árabes. A Arábia Saudita, por exemplo, condenou a fala do ministro israelense, e afirmou que ela demonstra a penetração do "extremismo e da brutalidade" no governo de Netanyahu.
Eliyahu foi questionado se o uso do armamento nuclear era uma possibilidade, e respondeu que o uso de uma bomba do gênero era "um caminho". Antes, ele havia afirmado que oferecer ajuda humanitária aos habitantes de Gaza era um "erro" e que não existiam "não-combatentes" no território palestino.
Pelas redes sociais, o governo israelense afirmou que as declarações do ministro "não são baseadas na realidade".
"Israel e as FDI operam de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes", diz ainda a nota publicada no X, antigo Twitter. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que as declarações de Eliyahu eram "infundadas".
O líder da oposição israelense, Yair Lapid, pediu a demissão do ministro. "A presença de radicais no governo põe em perigo a nós e aos objetivos da guerra: derrotar o Hamas e resgatar todos os reféns", escreveu no X.
Eliyahu voltou a se manifestar sobre a questão pelas redes sociais: "É claro para todas as pessoas sensatas que a afirmação sobre a bomba é metafórica. No entanto, é definitivamente necessária uma resposta forte e desproporcional ao terrorismo, que irá deixar claro aos nazistas e aos seus apoiadores que o terrorismo não vale a pena".