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Ucrânia

Bombardeio russo na Ucrânia preocupa brasileiros que atuam em Kharkiv

A cidade onde moram, Kharkiv, a 455 quilômetros da capital Kiev, registrou explosões

"Estou passando aqui para pedir ajuda, que vocês possam compartilhar esse vídeo e ele chegue às autoridades, para que possamos sair daqui o mais depressa possível e em segurança", disse o atacante Derek, de 24 anos, ex-Madureira-RJ"Estou passando aqui para pedir ajuda, que vocês possam compartilhar esse vídeo e ele chegue às autoridades, para que possamos sair daqui o mais depressa possível e em segurança", disse o atacante Derek, de 24 anos, ex-Madureira-RJ - Foto: Reprodução / Instagram

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Três jogadores de futebol brasileiros que atuam pelo Metalist 1925, clube que disputa o Campeonato da Ucrânia, divulgaram nesta quinta-feira (25) um vídeo em que pedem ajuda para deixar o país europeu. A cidade onde moram, Kharkiv, a 455 quilômetros da capital Kiev, registrou explosões horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar o início de uma operação militar em território ucraniano.

"Estou passando aqui para pedir ajuda, que vocês possam compartilhar esse vídeo e ele chegue às autoridades, para que possamos sair daqui o mais depressa possível e em segurança", disse o atacante Derek, de 24 anos, ex-Madureira-RJ, revelado nas categorias de base do Fluminense e que atua na Ucrânia desde a temporada 2019/2020.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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"Estamos vivendo um momento crítico aqui no país, como todos sabem. Só queremos sair em segurança, até porque nossa família está preocupada com a gente e não temos notícia de nada", afirmou o meia Fabinho, de 25 anos, que chegou à liga da Ucrânia pela primeira vez em 2018 e voltou no ano passado, após duas temporadas na Letônia.

"Estou pedindo um apelo a vocês, para que o vídeo chegue às autoridades do Brasil e a gente possa sair em segurança o mais rápido possível, para estarmos perto das pessoas que amamos", completou o atacante Marylson, de 24 anos, contratado pelo Metalist em 2021, após defender o Figueirense.

O Campeonato Ucraniano foi interrompido nesta quinta-feira (24). Segundo comunicado da liga, a suspensão se deve "à imposição da lei marcial" no país. O torneio foi paralisado na 18ª rodada e tem como líder o Shakhtar Donetsk, onde atuam brasileiros que também se manifestaram solicitando apoio para deixar a Ucrânia, como o atacante Júnior Moraes (ex-Santos, naturalizado ucraniano) e o zagueiro Marlon (ex-Fluminense).

Segundo a Embaixada do Brasil em Kiev, cerca de 500 brasileiros moram na Ucrânia. Em nota divulgada nesta quinta, a instituição afirmou que tem renovado o cadastramento dos cidadãos e os orientado por meio do site, da página de Facebook e em grupo do aplicativo de mensagens Telegram.

"Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a Embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam", diz o comunicado.
 

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, nesta quinta, o diplomata aposentado Pedro Luiz Rodrigues reforçou a importância dos brasileiros na Ucrânia manterem contato.

"É importante estabelecer contato para que a área consular da Embaixada saiba onde estão os brasileiros. E que [as pessoas] deem tempo à sociedade internacional, porque não é uma questão só de brasileiros. Há franceses, húngaros, tchecos, bolivianos, jogadores de futebol, cientistas, muita gente. Então, será buscada uma solução legal via ONU [Organização das Nações Unidas]. Não podemos esquecer que os instrumentos multilaterais, neste momento, são mais eficazes, vamos dizer, que ações bilaterais. Lógico que o Brasil fará tudo para tirar seus nacionais [da Ucrânia], mas devemos, e certamente estamos, atuando junto à ONU para se montarem esquemas multilaterais de proteção aos nacionais que estejam na área de conflito", destacou Rodrigues.

Além de Kharkiv e Kiev, ao menos outras duas cidades (Mariupol e Kramatorsk) registraram explosões nesta quinta-feira. O espaço aéreo do país foi fechado para aviação civil, sob justificativa de "elevado risco para a segurança" do setor, segundo o ministério ucraniano de Infraestruturas.

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