guerra na ucrânia

Bombardeio russo provoca sete mortes no leste da Ucrânia

Ministro anunciou o balanço de sete mortos e 67 feridos no ataque com mísseis

Escombros de um armazém e oficinas destruídas como resultado de um ataque com mísseis em Kharkiv Escombros de um armazém e oficinas destruídas como resultado de um ataque com mísseis em Kharkiv  - Foto: Sergey Bobok/ AFP

Os serviços de emergência ucranianos seguiram à procura de sobreviventes nesta terça-feira (8) entre os escombros de um edifício residencial de Pokrovsk, leste do país, atingido por um ataque russo que deixou pelo menos sete mortos.

A localidade, que tinha 60 mil habitantes antes da guerra, fica a 40 milhas da frente de batalha no leste da Ucrânia, na região de Donetsk, onde a Rússia afirma que está recuperando espaço.

"Estamos retomando os trabalhos de retirada dos escombros", disse Igor Klimenko, ministro ucraniano do Interior. "Nós fomos obrigados a suspender o trabalho durante a noite devido à grande ameaça de bombardeios", acrescentou.

Pavlo Kirilenko, comandante da administração militar de Donetsk, anunciou o balanço de sete mortos e 81 feridos, incluindo duas crianças, nos ataques.

Os dois mísseis, lançados em um período de 40 minutos, atingiram edifícios residenciais, um hotel, restaurantes, lojas e prédios administrativos, afirmou Kirilenko.

Entre as vítimas fatais está um supervisor dos serviços de emergência de Donetsk, anunciou Klimenko.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou na segunda-feira que o ataque atingiu um edifício residencial de cinco andares. Ele divulgou um vídeo que mostra civis ajudando a feridos feridos.

As imagens também apreciaram um segundo edifício atingido no ataque.

Avanço russo
Também no leste do país, Moscou anuncia um avanço de três milhas em três dias na direção de Kupiansk, cidade que fica 150 km ao norte de Pokrovsk e próxima da fronteira russa.

Kupiansk, na região próxima de Kharkiv, foram reconquistadas pelas tropas ucranianas em setembro do ano passado, mas as forças russas assumiram os ataques na área.

O Ministério da Defesa da Rússia também afirmou que suas tropas "melhoraram" as posições ao longo da linha de combate e continuam impedindo os ataques ucranianos.

No sábado, as forças russas atacaram um centro de transfusão de sangue em Kruglyakivka, perto de Kupiansk, com uma "bomba aérea guiada" que matou duas pessoas e deixou quatro feridos, segundo as autoridades ucranianas.

Duas pessoas pensaram na segunda-feira na mesma cidade em um ataque com "quatro bombas aéreas guiadas", disse Oleg Sinegubov, comandante da administração militar de Kharkiv.

No mês passado, a Ucrânia reconheceu que estava em "posição defensiva" na região de Kupiansk ante uma ofensiva da Rússia.

Kiev iniciou em junho uma contraofensiva muito aguardada, que, no entanto, registrou avanços modestos diante da resistência das forças russas.

No campo diplomático, a Ucrânia afirmou que estava "satisfeita" com a reunião de cúpula realizada na Arábia Saudita durante o fim de semana para discutir uma solução de paz para o conflito.

A Rússia não foi convidada para a reunião em Jidá, que teve a presença de representantes de quase 40 países, incluindo China e Estados Unidos.

O embaixador russo em Washington, Anatoli Antonov, criticou o encontro que, na opinião dele, "não teve nenhum êxito diplomático". Ele destacou que é inútil discutir a crise na Ucrânia sem a participação de Moscou.

Energia
A operadora Energoatom afirmou nesta terça-feira que as centrais energéticas ucranianas localizadas nos territórios controlados por Kiev estarão operando plenamente no inverno (hemisfério norte, verão no Brasil) e poderão fornecer energia elétrica à população.

"Toda a energia da qual os dispositivos serão entregues à rede elétrica", após a reforma de alguns reatores antes do inverno, disse Petro Kotin, presidente da Energoatom.

Kotin visitou na segunda-feira a central de Yuzhnoukrainsk, no sul da Ucrânia, para a reativação de um de seus três reatores, com potência de mil megawatts cada.

A Ucrânia tem atualmente três centrais elétricas - nove reatores - nos territórios que controlam.

A quarta central, a de Zaporizhzhia - com seis reatores -, é a maior da Europa e está ocupada pelas tropas russas desde março de 2022.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter