Bombardeios atingem várias regiões da Ucrânia, com um morto em Kiev
Ataques aconteceram neste sábado (31)
Uma onda de bombardeios atingiu a Ucrânia neste sábado (31), incluindo a capital do país, Kiev, onde pelo menos uma pessoa morreu, e várias ficaram feridas — informaram autoridades locais.
"Segundo as primeiras informações, uma pessoa morreu no bairro de Solomiansky. Várias pessoas ficaram feridas", informou o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, no Telegram.
Pouco antes, nesse mesmo aplicativo, Klitschko havia anunciado que "explosões foram ouvidas em Kiev", advertindo a população: "mantenham-se a salvo!".
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Jornalistas da AFP ouviram pelo menos 11 explosões em Kiev no início da tarde. As autoridades divulgaram imagens de um dos bombardeios, que destruiu um hotel no centro da cidade.
Segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pelo menos uma pessoa morreu e 20 ficaram feridas nos bombardeios. A fachada do hotel o hotel Alfavito, no centro da cidade, foi destruída, deixando escombros na rua.
As calçadas próximas estavam cobertas de vidro de janelas quebradas, incluindo as do Palácio Nacional das Artes.
Mísseis de cruzeiro
As autoridades ucranianas também relataram destruição e incêndios em Mykolaiv, no sul, onde pelo menos seis pessoas ficaram feridas. Em Khmelnitsky, no oeste, há quatro feridos.
Segundo o comandante das tropas ucranianas, Valerii Zaluzhnyi, as forças russas dispararam 20 mísseis de cruzeiros, incluindo através de bombardeiros no Mar Cáspio. 12 deles foram abatidos pela defesa aérea.
Após sofrer vários reveses militares no terreno, a Rússia optou, desde outubro, por bombardear as infraestruturas ucranianas, deixando milhões de pessoas sem luz em pleno inverno.
Neste mesmo sábado, em sua mensagem de Ano Novo transmitida pela televisão, Vladimir Putin garantiu que a "justiça moral e histórica" estava "do lado" de seu país.
"Hoje lutamos por isso, protegendo nosso povo em nossos próprios territórios históricos, nas novas entidades constituintes da Federação Russa", acrescentou.
A Rússia afirmou em setembro ter anexado quatro territórios ucranianos que hoje controla ao menos parcialmente, seguindo o padrão de anexação da península da Crimeia, em março de 2014.
"Enfraquecer a Rússia"
O presidente russo também criticou a "verdadeira guerra de sanções que foi declarada contra nós" pelos ocidentais.
"Aqueles que a lançaram esperavam a destruição total de nossa indústria, nossas finanças e nosso transporte. Isso não aconteceu", afirmou.
Putin acusou os Estados Unidos e a Europa de "usar cinicamente a Ucrânia e seu povo para enfraquecer e dividir a Rússia".
"O Ocidente mentia sobre a paz e se preparava para a agressão. E hoje não se envergonha de admitir isso, em plena luz do dia", declarou o chefe de Estado russo.
Putin condecorou o comandante das forças russas na Ucrânia, Sergei Surovikin, e brindou com champanhe com soldados fardados, segundo imagens da televisão pública.
Pouco antes do discurso de Putin, seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, prometeu a seus soldados uma vitória "inevitável" na Ucrânia.
Seu Ministério anunciou no sábado a tomada do pequeno vilarejo de Dorojnianka, na região de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, uma das poucas conquistas reivindicadas.
Também relatou uma nova troca de prisioneiros com a Ucrânia, que envolveu a devolução de 82 militares russos.