Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixam mais de 58 mortos
Os ataques ocorreram poucas horas depois de a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ter pedido um cessar-fogo imediato e incondicional na Faixa de Gaza
A Defesa Civil de Gaza informou que pelo menos 25 pessoas morreram na noite desta quinta-feira (12) em um bombardeio israelense contra uma casa cheia de deslocados no centro da Faixa de Gaza, elevando o balanço total de mortos no dia para pelo menos 58.
O porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal, declarou à AFP que o bombardeio atingiu uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
"Há pelo menos 25 mártires e 50 feridos", acrescentou.
O balanço total de mortos em Gaza nesta quinta-feira devido a diversos bombardeios israelenses subiu, assim, para pelo menos 58.
Anteriormente, havia sido reportada a morte de 33 pessoas, incluindo 12 guardas que protegiam caminhões de ajuda humanitária.
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Sete guardas de segurança morreram em um ataque em Rafah, e outros cinco em outro ataque em Khan Younis, duas cidades no sul do território, informou Bassal.
"Os caminhões que transportavam farinha estavam indo para os armazéns da UNRWA", a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos.
Várias testemunhas disseram que alguns moradores saquearam a farinha do comboio após os bombardeios.
O Exército israelense afirmou em um comunicado que realizou "ataques precisos contra terroristas armados do Hamas" no sul de Gaza para "garantir a entrega segura de ajuda humanitária aos civis".
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a aviação israelense bombardeou duas casas perto do campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, e na Cidade de Gaza, disse Basal.
"Quinze mortos, incluindo pelo menos seis crianças e mais de 17 feridos, foram encontrados como resultado do bombardeio israelense" de um edifício que abrigava pessoas deslocadas perto de Nuseirat, afirmou.
Os bombardeios ocorreram poucas horas depois de a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ter pedido um cessar-fogo imediato e incondicional na Faixa de Gaza, um apelo simbólico rejeitado por Israel e Estados Unidos, mas considerado "crucial" pela UNRWA.