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Coronavírus

Boris Johnson impõe restrições na Inglaterra após aumento de casos da Covid-19

Serão proibidas reunião com mais de seis pessoas em ambientes fechados ou abertos

Primeiro ministro britânico, Boris JohnsonPrimeiro ministro britânico, Boris Johnson - Foto: Stefan Rousseau/POOL/AFP

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson justificou, nesta quarta-feira (9), a necessidade de uma "ação decisiva" diante do atual ressurgimento da pandemia de coronavírus no Reino Unido, que levou a proibir reuniões com mais de seis pessoas na Inglaterra.

Nas últimas semanas, o governo conservador aumentou os incentivos para que os britânicos voltem aos escritórios, às escolas e aos bares e restaurantes para impulsionar uma economia, que registrou uma recessão sem precedentes na Europa.

Entretanto, teve que conter ligeiramente o desconfinamento neste verão europeu para impor novamente restrições locais devido a novos surtos específicos. 

Agora, diante de um aumento dos casos em nível nacional, como já ocorre há semanas em outros países europeus, o primeiro-ministro resolveu agir em maior escala.

A partir de segunda-feira (14) - com exceção das escolas, locais de trabalho e eventos como casamentos ou funerais -, estarão proibidas as reuniões de mais de seis pessoas, em locais internos e externos. 

"Se o fizerem, estarão violando a lei" e poderão ser multados, alertou Johnson, em sua primeira coletiva de imprensa sobre o coronavírus em meses. Do mesmo modo, bares e restaurantes deverão registrar os contatos de seus clientes de forma obrigatória e não voluntária, como vinha acontecia até agora.

"Essas medidas não são outro confinamento nacional, elas estão precisamente destinadas a evitar um segundo confinamento nacional", afirmou, destacando sua determinação em "manter as escolas abertas" após o recente retorno dos alunos às aulas.

As novas restrições, que devem durar meses, valem apenas para a Inglaterra, porque as outras três nações do país - Escócia, Gales e Irlanda do Norte - têm uma gestão autônoma da pandemia.

Johnson também explicou que, "em um futuro próximo", as autoridades britânicas irão realizar testes em massa "para identificar as pessoas que não têm coronavírus e permitir que se comportem de uma forma mais normal".

Desse modo, confiando no desenvolvimento de testes mais simples e rápidos, o Reino Unido espera, por exemplo, que teatros ou estádios possam fazer testes em todo o público e permitir a entrada daqueles que não estejam infectados. 

"Os locais de trabalho poderão deixar entrar todos que derem negativo naquela manhã" e os viajantes em quarentena poderão sair dela se não forem contagiosos, explicou Johnson, reconhecendo que é "um plano muito ambicioso" para o qual ainda não estão prontos.

No momento, no país mais castigado da Europa, com 41.600 mortes confirmadas pela Covid-19, várias pessoas com sintomas não conseguiram fazer um teste nos últimos dias porque os laboratórios estão sobrecarregados pela demanda.

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