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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Braço armado do Hamas diz que não fará concessões para trégua em Gaza

Declaração diminui as esperanças de uma nova trégua no conflito

A fumaça sobe acima da Faixa de Gaza devido ao bombardeio israelenseA fumaça sobe acima da Faixa de Gaza devido ao bombardeio israelense - Foto: Oren Ziv/AFP

O braço armado do movimento islamista palestino Hamas afirmou, nesta sexta-feira (8), que não fará concessões em suas exigências de que Israel retire suas tropas de Gaza em troca da libertação dos reféns capturados no ataque de 7 de outubro.

"Nossa prioridade máxima para conseguir uma troca de prisioneiros é uma cessação total da agressão e uma retirada do inimigo e não há condições", declarou, em um vídeo, Abu Obeida, o porta-voz das Brigadas Ezzedine Al Qassam, braço militar do Hamas.

Esta declaração diminui as esperanças de uma nova trégua na guerra entre Israel e Hamas, iniciada há mais de cinco meses após o ataque sem precedentes de comandos do movimento islamista no sul de Israel em 7 de outubro.

Neste ataque morreram 1.160 pessoas, segundo contagem da AFP com base em estatísticas oficiais israelenses.

Os combatentes do Hamas, um movimento que governa Gaza desde 2007, também sequestraram cerca de 250 personas. Israel estima que 130 continuem retidas em Gaza, das quais 31 teriam morrido.

Até agora, a ofensiva israelense deixou 30.878 mortos em Gaza, em sua maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do Hamas.

Os mediadores no conflito - Estados Unidos, Catar e Egito - tentaram esta semana no Cairo alcançar um acordo para uma trégua antes do início do ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, que começa entre domingo e a segunda-feira, segundo o calendário lunar.

O Hamas também exige a volta para casa de centenas de milhares de civis deslocados pela guerra e que se inicie a reconstrução do território.

Israel, por sua vez, exige que o Hamas forneça uma lista precisa dos reféns que continuam vivos em Gaza, mas o movimento islamista afirma desconhecer quem está "vivo ou morto".

A delegação do movimento islamista deixou a capital egípcia na quinta-feira para realizar "consultas" com a direção política no Catar, mas antes de partir, um alto dirigente afirmou que "as respostas iniciais" de Israel "não atendem às exigências mínimas" do grupo.

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