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COP26

Brasil assinará acordo para preservação das florestas na COP26

Este acordo busca permitir a definição de objetivos claros a nível mundial sobre a redução do desmatamento e da degradação dos solos até 2030

Logo COP26Logo COP26 - Foto: Divulgação

O Brasil, que abriga 60% da Amazônia, assinará um acordo internacional essencial para a preservação das florestas durante a COP26 em Glasgow, informou à AFP nesta sexta-feira (29) o secretário de Assuntos Políticos Multilaterais, Paulino Franco de Carvalho Neto, do ministério das Relações Exteriores.

"Enviamos comunicação formal aos promotores da iniciativa, confirmando nossa adesão. Isto demonstra, uma vez mais, a nova postura brasileira de compromisso com os temas de desenvolvimento sustentável e especificamente sobre mudança do clima", disse o secretário.

"O Brasil tem a expectativa de que as maiores economias mundiais farão também sua parte, em especial na redução do uso de energias fósseis, causa principal do aquecimento global", acrescentou.

O "Forest Deal" - acordo sobre preservação das florestas - é um dos maiores pontos da COP26, que acontecerá em Glasgow, Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro.

Este acordo busca permitir a definição de objetivos claros a nível mundial sobre a redução do desmatamento e da degradação dos solos até 2030.

Segundo um relatório do coletivo de ONGs Observatório do Clima, as emissões de CO2 do Brasil aumentaram 9,5% ano a ano em 2020, apesar de a média mundial ter caído em 7% devido à pandemia de coronavírus, que reduziu o transporte e a produção industrial.

Essa exceção aconteceu porque "o aumento do desmatamento no ano passado, em especial na Amazônia, colocou o Brasil na contramão do planeta", aponta o Observatório do Clima.

Desde que Bolsonaro assumiu o poder em janeiro de 2019, a Amazônia perdeu 10.000 km² de floresta por ano (quase a superfície da Jamaica), em comparação aos 6.500 km² por ano na década anterior.

No entanto, Bolsonaro anunciou em abril que o Brasil se compromete a erradicar todo o desmatamento ilegal até 2030.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na segunda-feira que o Brasil deveria se apoiar nas "armas da diplomacia" para defender seus interesses na Amanônia em Glasgow e negociar "para que o país seja compensado" por preservar esse bioma.

Bolsonaro será representado pelo seu ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, apesar de estar na Europa para a reunião do G20 em Roma.

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