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Avanço da pandemia

Brasil é 'alerta' de que Covid-19 'requer atenção contínua' das autoridades, alerta braço da OMS

Hospital de campanha para Covid-19 em Belém, no ParáHospital de campanha para Covid-19 em Belém, no Pará - Foto: Tarso Sarraf/AFP

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou, nesta quarta-feira (17), sobre a evolução da pandemia de Covid-19 no Brasil, onde foram registradas 2.841 mortes pelo vírus na véspera, um recorde geral, destacando a necessidade de liderança para conter o avanço da doença.

"A situação no Brasil é um alerta de que manter este vírus sob controle requer atenção contínua das autoridades e líderes de saúde pública para proteger as pessoas e os sistemas de saúde do impacto devastador deste vírus", declarou a diretora da OPAS, Carissa Etienne.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais da pandemia depois dos Estados Unidos, com um total acumulado de 282.127 mortes e 11,6 milhões de casos desde que a doença foi registrada pela primeira vez em dezembro de 2019 na China.

Etienne disse que o gigante sul-americano registra atualmente o maior número de novos casos na região da América Latina.

"Várias áreas do Brasil estão vivenciando um nível recorde de infecções e os leitos dos hospitais estão quase em sua capacidade máxima em mais da metade dos estados brasileiros", alertou.

A diretora da Opas - escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) - enfatizou a importância de responder ao aumento dos casos com a implementação imediata de medidas para desacelerar a transmissão do vírus.

O presidente Jair Bolsonaro menospreza desde o início da pandemia as medidas de saúde pública recomendadas, como o uso de máscara e o distanciamento social. 

Além disso, questiona a eficácia e segurança das vacinas anticovid-19 e criticou as medidas de confinamento devido ao seu impacto econômico.

Especialistas apontam que o rápido aumento da pandemia no Brasil poderia deixar em breve cerca de 3.000 mortes diárias e elevar o balanço total de mortos pra 500.000 ou 600.000 antes da generalização das vacinas.

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