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APOIO

Brasil e outros países latino-americanos rejeitam apoio europeu à Ucrânia em cúpula

Evento acontecerá nos dias 17 e 18 deste mês e reunirá 60 líderes das duas regiões

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e Luiz Inácio Lula da Silva  - Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Às vésperas da cúpula de líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), que ocorre nos próximos dias 17 e 18 em Bruxelas, as negociações para e elaboração de declaração final do encontro têm sido marcadas por divergências.

A principal delas diz respeito ao apoio explícito à Ucrânia no documento proposto pelos europeus e rechaçada por países da América Latina, entre os quais o Brasil.

Uma reunião entre representantes dos 60 países, marcada para esta sexta-feira (13), poderá resultar em um acordo. A ideia é que a declaração seja o mais enxuta possível e que trate apenas de temas intrarregionais, como meio ambiente e aquecimento global.

No fim do mês passado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que "alguns países" da América Latina se posicionaram contra sua presença na cúpula. Mas ele não revelou quais países tiveram essa postura.

Lula e os progressistas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcará para Bruxelas na tarde de domingo. Além da Cúpula Celac-União Europeia, Lula participará de um café da manhã com líderes progressistas, a convite do presidente do Partido Socialista Europeu, Stefan Löfven, e terá alguns encontros bilaterais. Segundo os diplomatas do lado brasileiro, há uma profusão de pedidos de reunião com Lula.

O retorno à Celac foi o primeiro ato de política externa de Lula desde que ele assumiu o governo. O Brasil havia saído desse fórum em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os líderes das duas regiões não se reúnem há oito anos, e o evento é considerado um novo impulso às relações bilaterais.

Os principais assuntos discutidos na cúpula serão tensões geopolíticas, aumento da fome e da pobreza, desafios ambientais e reforma do sistema financeiro internacional. Haverá, ainda, quatro mesas temáticas sobre transição digital, clima, segurança cidadã e comércio e desenvolvimento sustentável.

Lula deve fazer um discurso. Ele se reunirá com a presidente da UE, Ursula von der Leyen — com quem deve falar sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e UE —, além de líderes da Áustria, da Suécia e da Dinamarca.

Os encontros bilaterais devem ocorrer na manhã de segunda-feira. Em seguida, Lula participará de um reunião de empresários das duas regiões.

No dia seguinte, o presidente participará do café da manhã com líderes progressistas de países como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal, República Dominicana, Alemanha, Dinamarca e Espanha. Depois, ele vai almoçar com os representantes da Celac e da UE e, momentos antes de embarcar de volta ao Brasil, dará uma coletiva à imprensa.

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