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Brasil enfrenta Peru na decisão da Copa América

Peruanos sonham em voltar levantar taça após 44 anos, enquanto brasileiros querem levantar o caneco em casa

Roberto Firmino, atacante do Brasil Roberto Firmino, atacante do Brasil  - Foto: Mauro Pimentel/AFP

A história do futebol sul-americano ganhará um novo capítulo neste domingo. A partir das 17h, o Maracanã, famoso por ser a "casa" da Seleção Brasileira, será palco de Brasil x Peru, pela final da Copa América 2019. Em disputa, o troféu continental. Todavia, há muito mais do que isso em jogo. Para os mandantes, a perda da taça em seus domínios será um vexame histórico. Além disso, conquistar um título diante da própria torcida ajudaria a aplacar as dores de tantos tropeços recentes - incluindo aí o vergonhoso 7x1 para a Alemanha em 2014, em casa. Já do outro lado, os peruanos voltam à final da competição. O que não acontecia há 44 anos, quando foram campeões.

O Brasil entra com a confiança lá em alta. Algo inimaginável há algumas semanas. Afinal, o time perdia Neymar, seu principal craque. Além disso, o trabalho de Tite à frente da equipe começava a sofrer críticas mais fortes. Apesar do início irregular na competição, a Canarinho foi se aprumando aos poucos. Goleou o mesmo Peru na primeira fase por 5x0 e passou pela grande rival Argentina na semifinal (2x0). Difícil manter os pés no chão. Além do favoritismo natural, a Seleção Brasileira ainda joga em casa. Vale lembrar que, todas as vezes em que sediou o torneio (1919, 1922, 1949 e 1989) o Brasil ficou com a taça.

Para o jogo, a tendência é que o técnico Tite mantenha a escalação que bateu a Argentina. Ou seja, o trio de ataque formado por Everton, Gabriel Jesus e Roberto Firmino deve ser mantido. No meio-campo, Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho só serão sacados caso se machuquem até a hora da partida. O único desfalque já confirmado é o do meia Willian, que sofreu lesão muscular na coxa direita Na defesa, setor que ainda não sofreu um gol seque nessa competição, a dupla Thiago Silva e Marquinhos se mantém firme e forte. Na lateral direita, Daniel Alves é intocável. Já Alex Sandro, que jogou contra a Argentina, tem a concorrência do então titular Filipe Luís - recuperado de dores na região posterior da coxa direita - na esquerda, com Alisson no gol.

Na visão do Peru, história e estatísticas não entram em campo. E esta seleção comandada pelo argentino Ricardo Gareca é derrubadora de tabus. De quase eliminada na primeira fase, a equipe segurou o Uruguai e eliminou a Celeste nos pênaltis. Depois, atropelou a forte geração chilena com autoridade (3x0) na semifinal. Já fizeram história e jogam sem pressão. Aí é que mora o perigo. Liderados pelo centroavante Guerrero (hoje no Internacional, mas que já passou por Flamengo e Corinthians), os peruanos não temem ninguém e sabem que podem complicar qualquer um. Até mesmo a tradicionalíssima Seleção Brasileira em casa.

Consolo

Neste sábado, às 16h, Argentina e Chile duelam pelo terceiro lugar da Copa América, em Itaquera (SP), às 16h. O jogo marca a despedida de duas das seleções que entraram na competição com certo favoritismo, mas caíram nas semifinais diante de equipes rivais.

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