Brasil passa de 57 mil mortes pela Covid-19
O Brasil registrou 994 mortes pela Covid-19 neste sábado (27), e 35.887 novos casos da doença. Assim, o país atinge a marca de 57.103 óbitos causados pelo novo coronavírus e 1.315.941 casos. Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais, e o balanço é fechado sempre às 20h.
São Paulo segue com o maior número de mortes registradas (297 novas mortes, o que eleva o total a 14.263 óbitos pelo novo coronavírus), seguido pelo Rio de Janeiro (9.789, com 202 novas mortes mortes). Em seguida na lista aparecem Ceará e Pará. Também neste sábado, o Ministério da Saúde informou que a primeira morte confirmada laboratorialmente por Covid-19 no país aconteceu em 12 de março, quando uma mulher de 57 anos morreu num hospital da zona leste de São Paulo.
Antes, acreditava-se que o primeiro óbito no país ocorrera em 16 de março. Na nota deste sábado, o ministério confirma também uma outra morte anterior a essa data, no dia 15. As informações estarão no próximo boletim epidemiológico da pasta. O governador de São Paulo, João Doria, anunciou que a quarentena no estado de São Paulo foi prorrogada até o dia 14 de julho.
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Minas Gerais, e estados do Centro-Oeste e Sul têm registrado aumento de casos, o que fez com que poderes locais recuassem no processo de reabertura. Em Belo Horizonte, por exemplo, um mês depois de avançar na flexibilização, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou que só poderão abrir serviços essenciais, a partir de segunda-feira (29). A capital segue outras cidades de Minas Gerais que também adotaram medidas mais rígidas durante a semana.
Em Mato Grosso, a ocupação de leitos de UTI, que há duas semanas era de 13%, subiu para 76% na semana passada e 87% nesta semana.
Bahia, Paraná e Distrito Federal também continuam em rota de crescimento no número de pacientes graves. O Brasil tem taxa de cerca de 26,8 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 38,2 e 65,4 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 2,6 mortes por 100 mil habitantes.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam 38.693 novos casos e 1.109 novas mortes confirmadas pela Covid-19 no Brasil neste sábado. O total já chega a 57.070 mortes e 1.313.667 casos pelo novo coronavírus. Os dados mostram ainda que há 715.905 pessoas recuperadas da doença e 540.692 em acompanhamento.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.