Boletim

Brasil se aproxima de 40 mil mortes pela Covid-19

O total de casos da doença confirmados no País é de 772.416 - Foto: Tarso Sarraf/AFP

O Brasil registrou, nesta quarta-feira (10), que mais 1.274 pessoas perderam a vida no País após contraírem o novo coronavírus. Com isso, o total de vítimas brasileiras durante a pandemia se aproxima de 40 mil, tendo ainda 3.608 óbitos em investigação laboratorial. No boletim desta quarta, foram acrescentados ainda 32.913 novos registros de testes positivos para o Sars-CoV-2, subindo para 772.416 o número de pessoas já expostas ao vírus no Brasil. Desse total, 53% são casos ainda ativos, enquanto 42% dos pacientes oficialmente diagnosticados estão recuperados.

Os números atualizados pela colaboração entre os veículos de Imprensa O Estado de S. Paulo, Extra, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e UOL, nesta quarta, são de 33.100 novos casos positivos e 1.300 mortes. Assim, o cenário do País seria de 775.184 pessoas já expostas ao novo coronavírus, com 39.797 vítimas fatais. A diferença entre os dados do Ministério da Saúde e os da Imprensa pode estar relacionada a uma atualização nos quadros das secretarias estaduais, uma vez que a pasta divulga seus dados às 18h30, enquanto o grupo de veículos libera o balanço às 20h.

Leia também

• Vacina brasileira contra a Covid-19 será testada in vivo pela Fiocruz

• Com abertura, interior tem segunda onda de transmissão de Covid-19

• Tendência é da Covid-19 se tornar uma doença endêmica

Mais uma vez, São Paulo, epicentro nacional da Covid-19, teve recorde de registro de mortes (340). Ao todo, o estado agora tem 9.862 óbitos. Além disso, foram documentados 6.178 novos casos, chegando a 156.316 casos da Covid-19. Mesmo com esses recordes, São Paulo já iniciou a flexibilização da quarentena. O segundo estado com o maior número de mortes registradas em 24 horas é o Rio de Janeiro (210 novos óbitos e um total de 7.138 vítimas fatais), seguido pelo Ceará (160 novos óbitos e total de 4.519).

A iniciativa do consórcio de veículos ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar na terça (9) o total de mortes e casos acumulados. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta (5), após uma semana em que o País bateu recordes no número de mortes em 24h. Na terça (9), o ministro interino, general Eduardo Pazuello, compareceu à comissão externa da Câmara que monitora as ações de combate ao novo coronavírus para prestar esclarecimentos sobre a falta de transparência na divulgação de dados referentes à Covid-19.

Pazuello apresentou as linhas gerais da nova metodologia defendida pelo governo, que inclui o registro da morte no dia em que ela ocorrer. Por padrão, as mortes eram contadas de acordo com o dia de notificação, método adotado na maior parte dos países. A pasta planeja lançar uma nova plataforma para informar os números sobre a doença, mas ainda não informou quando isso acontecerá.

O Brasil atualmente é o segundo país com mais casos da Covid-19 no mundo, atrás somente dos EUA, que segundo o agregador de dados da Universidade Johns Hopkins contabiliza 1.996.960 casos no total. Já em relação aos mortos pela Covid-19, o Brasil está em terceiro, atrás de Estados Unidos e um pouco abaixo dos números do Reino Unido (cerca de 41 mil mortes).