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Avó e neta de quatro meses morrem após deslizamento em Salvador

A criança, Maria Eduarda, chegou a ser resgatada com vida por vizinhos e levada para uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu

Bombeiros em operação no deslizamento que matou avó e neta, na BahiaBombeiros em operação no deslizamento que matou avó e neta, na Bahia - Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros Militar da Ba

Uma mulher de 41 anos e sua neta de quatro meses morreram nesta quinta-feira (23) após um deslizamento de terra no bairro de Águas Claras, em Salvador.

Cinco pessoas da mesma família estavam em casa quando a terra deslizou sobre o imóvel por volta das 9h30 desta quinta, após fortes chuvas atingirem a capital baiana.

A criança, Maria Eduarda, chegou a ser resgatada com vida por vizinhos e levada para uma Unidade de Pronto Atendimento no bairro de Valéria. Contudo, ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

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A avó da criança, a diarista Maria da Conceição Fraga Teixeira, foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros já sem vida após três horas soterrada.

Outras três pessoas da mesma família –dois homens e uma mulher– foram resgatados com ferimentos leves. Um dos homens foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento com um corte no pé e tem o quadro de saúde estável.

Equipes da Defesa Civil de Salvador estão vistoriando imóveis no local do deslizamento e orientando às famílias a buscarem abrigo em áreas mais seguras.

Diante do cenário de pandemia do novo coronavírus, a prefeitura tem incentivado a busca por soluções de moradias temporárias. O objetivo é evitar com que famílias tenham que ficar em abrigos públicos emergenciais, que gerariam aglomerações.

Estas são as primeiras vítimas da temporada de chuvas em Salvador, que historicamente começa no mês de abril e se estende até junho.

A chegada do período chuvoso criou uma espécie de tempestade perfeita para famílias que moram em áreas de risco. Além medo de deslizamentos, recorrentes nesta época do ano, as famílias ainda têm que enfrentar os desafios da falta de renda e dos cuidados com a pandemia do novo coronavírus.

As chuvas também trouxeram um dilema para as famílias: ficar em casa, seguindo a recomendação de isolamento para achatar a curva da pandemia, ou buscar abrigo em outro local diante do risco iminente de deslizamentos de terra.

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