Brasileira está entre finalistas de prêmio europeu para inventores menores de 30 anos
A brasileira Rafaella de Bona Gonçalves, de 25 anos, formada em Design, foi indicada
O Instituto Europeu de Patentes (EPO) premiará pela primeira vez inovações de inventores com menos de 30 anos. Os finalistas - do Brasil, Estados Unidos, Bélgica e Reino Unido - foram anunciados nesta terça-feira (24).
Eles conhecerão no dia 21 de junho, em cerimônia virtual, o vencedor do "Young Invertors Prize", criado este ano para promover a inovação entre os jovens ao serviço dos problemas do planeta (meio ambiente, saúde, etc.), anunciou o EPO, uma instituição pública europeia com sede em Munique.
A brasileira Rafaella de Bona Gonçalves, de 25 anos, formada em Design, foi indicada por ter desenvolvido absorventes higiênicos biodegradáveis a partir de fibras de resíduos de banana ou bambu.
Partindo dos problemas das mulheres em situação de rua, a jovem pesquisadora, formada em Design de Produtos pela Universidade Federal do Paraná em 2020, tenta lutar contra a "precariedade menstrual", ou seja, as dificuldades de acesso a produtos higiênicos, instalações sanitárias e gestão de resíduos, que afetam quase 500 milhões de mulheres em todo o mundo todos os meses.
Por sua vez, a americana Erin Smith, de 22 anos, estudante de Neurociências da Universidade de Stanford (Estados Unidos), desenvolveu um aplicativo que funciona como ferramenta para a detecção precoce da doença de Parkinson e outros distúrbios neurológicos, com base no reconhecimento de expressões faciais.
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Seu aplicativo "Faceprint" foi testado em larga escala na Escola de Medicina de Stanford. Prevê a doença com uma precisão de cerca de 95% de acordo com a OPE, e pode ajudar a retardar o desenvolvimento de sintomas graves (tremores e dificuldades de locomoção) graças à atenção precoce à doença que afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.
Por fim, o belga Victor Dewulf, de 25 anos, e o britânico Peter Hedley, de 27, são inovadores no campo da inteligência artificial e, graças a um sistema óptico de reconhecimento de resíduos e um braço robótico de triagem, inventaram um sistema automático que permite aumentar a proporção de resíduos classificados em esteiras transportadoras em aterros sanitários, tornando a reciclagem mais rentável.
Eles fundaram sua empresa Recycleye em 2019 e arrecadaram quase um milhão de euros ao começar a trabalhar com o grupo de robótica Fanuc.
O vencedor receberá um prêmio de 20.000 euros (US$ 21.300). Os finalistas em segundo e terceiro lugar receberão 10.000 e 5.000 euros (US$ 10.645 e US$ 5.320), respectivamente, disse a EPO.