Guerra no oriente médio

Bruna Valeanu: corpo de brasileira morta em ataque do Hamas será enterrado em Israel

Funeral está marcado para às 15h30 (horário de Brasília) desta terça-feira, no Yarkon Cemetery, em Petah Tikva

Bruna ValeanuBruna Valeanu - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O corpo da brasileira Bruna Valeanu, encontrada morta três dias após o ataque do grupo terrorista Hamas a um festival de música eletrônica, será enterrado em Israel, segundo familiares. O funeral acontece às 21h30 desta terça-feira — 15h30, no horário de Brasília —, no Yarkon Cemetery, em Petah Tikva, e foi anunciado pela irmã da vítima, Florica Valeanu, nas redes sociais.

"Te amo pra sempre Bruna! Além da matéria. Você é nossa neném forever", escreveu a irmã na publicação em que divulga informações sobre o enterro.

Os familiares de Bruna confirmaram a morte nesta terça-feira. A jovem de 24 anos também estava desaparecida após o festival de música eletrônica interrompido por ataque de terroristas do Hamas, em Israel. Natural do Rio de Janeiro, Bruna fez sua última comunicação com a família no sábado, por volta das 9h.

Bruna tinha dupla nacionalidade, era brasileira-israelense, e fez aniversário há duas semanas, em 26 de setembro. No último contato com família, contou ter testemunhado disparos e mortes. Na segunda-feira, a irmã de Bruna, Nathalia Valeanu, chegou a dizer, em entrevista ao g1, que torcia para que a jovem tivesse sido feita refém e mantida viva.

“Sendo muito sincera, a minha maior esperança é que ela tenha sido sequestrada. Porque se não, eu acho que é isso, ela não sobreviveu”, disse na segunda.

Uma brasileira segue desaparecida
Última brasileira identificada, Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, segue desaparecida. Ela também participava do festival de música, e seu sumiço chega ao quarto dia nesta terça-feira. O evento onde elas estavam, intitulado Universo Paralello, foi alvo do ataque do Hamas no último sábado. Desde então, Karla não deu notícias.

Karla também tem nacionalidade israelense. A mulher é mãe de um jovem de 19 anos, membro do exército de Israel. Ela estava na rave com o namorado, Gabi Azulay, que também não foi mais visto deste a investida do grupo terrorista.

"Alguém conhece esse casal? Sabem alguma coisa sobre eles? Eles estavam em uma festa no sul. Por favor, se alguém souber qualquer coisa ou tenha visto eles nos informe", escreveu uma amiga da brasileira, no Facebook.

Após os ataques do grupo terrorista, as forças israelenses iniciaram uma contraofensiva. Os conflitos já deixaram milhares de mortos. Participantes do festival em que Bruna estava precisaram correr pelo deserto para escapar das bombas e tiros.

Vídeos compartilhados nas redes sociais registraram o momento em que pessoas que estavam na festa foram sequestradas pelos terroristas. Não há confirmação de que os brasileiros foram feitos reféns.

Gaúcho também foi morto
O brasileiro-israelense Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos, também teve morte confirmada por parentes na noite desta segunda-feira. Ele era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Israel há sete anos e chegou a prestar serviço militar no país.

Glazer também estava na rave Universo Paralello. O acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

— O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos. Não temos informações de como e onde (o corpo foi encontrado) — conta Karen Glazer, tia de Ranani.

Nos últimos dias, Glazer havia feito uma série de publicações em suas redes sociais de eventos em Tel Aviv, capital de Israel. Em seu perfil no Instagram, há postagens recentes nos stories em que ele compartilhou vídeos da rave da qual participava, marcando a localização, Gaza. Pouco tempo depois, haveria a invasão ao local, com um tiroteio que causou correria e fuga das pessoas presentes ao evento.

Invasão à festa
Participantes do evento precisaram correr pelo deserto para escapar das bombas e tiros. Juarez chegou a registrar, em seu perfil no Instagram, o momento em que a festa precisou ser interrompida.

Petrillo havia licenciado os direitos de uso do nome do Festival Universo Paralello para a produtora israelense Tribe of Nova, que organizou o evento em Israel. Conhecido como DJ Swarup, ele participava do festival na condição de artista contratado para uma apresentação.

"Toda a responsabilidade de organização, logística, divulgação ou quaisquer outras questões relacionadas à execução do evento, é da produtora israelense Tribe of Nova", informou a assessoria de Petrillo.

Alok usou as redes sociais para comentar o caso: "Meu pai foi contratado para se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em vários outros países. A produtora israelense licenciou o uso da marca e organizou o evento de forma independente, tendo meu pai como uma das atrações. Historicamente, eventos acontecem na região e, no dia anterior, houve outro festival no mesmo local", escreveu.

Operação de resgate
O Ministério das Relações Exteriores anunciou, nesta segunda-feira, que os sobrevoos e pousos das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriação de brasileiros foram autorizados por Israel. Em nota, o órgão afirmou que "segue acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras em Israel e na Palestina".

O Brasil iniciou, neste domingo, uma operação com seis aeronaves da Força Aérea (FAB) para repatriar os brasileiros que estão em áreas de conflito em Israel. O primeiro avião, um KC-30, decolou às 18h e chegou em Roma, na Itália, às 2h48 desta segunda-feira (horário de Brasília). A aeronave aguardava autorização para seguir ao destino.

No mesmo comunicado emitido nesta segunda, o Ministério afirmou que "desaconselha quaisquer deslocamentos não essenciais para a região". Declarou, ainda, que a Embaixada em Tel Aviv recolheu, por meio de formulário online, os dados de cerca de 1,7 mil brasileiros que manifestaram interesse na repatriação, sendo a maior parte turistas.

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