Logo Folha de Pernambuco

rio de janeiro

Bruno Krupp: saiba as acusações que pesam sobre o modelo que atropelou estudante na Barra

Modelo já foi acusado de crimes como estupro e estelionato, além do homicídio doloso pela morte de adolescente. Duas ações, porém, foram arquivadas

Bruno KruppBruno Krupp - Foto: Reprodução / Redes sociais

Com habeas corpus concedido pelo STJ e soltura determinada pela Justiça do Rio, Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos, responderá em liberdade por homicídio doloso. Ele é acusado de ter atropelado e matado o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, em julho do ano passado. Krupp já foi suspeito pelos crimes de estupro e estelionato, mas teve os processos arquivados.

Em janeiro deste ano, a Polícia Civil concluiu os três inquéritos abertos contra o modelo pelo estupro de três mulheres. Segundo a delegada Alriam Miranda Fernandes, titular da Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) de Niterói, as investigações foram relatadas com o pedido de arquivamento e sem indiciamento do modelo, uma vez que os supostos crimes narrados pelas vítimas seriam antigos, prejudicando o encontro por vestígios.

— Os inquéritos foram relatados sem indiciamento por ausência de materialidade, ou seja, dos vestígios deixados pelos crimes. Nestes casos, o principal vestígio seria o laudo médico-legal, fornecido pelo IML. Quando o crime é noticiado muito tempo depois, os vestígios tendem a desaparecer, impossibilitando, via de regra, o indiciamento em sede policial — explicou a delegada à época.

O GLOBO noticiou o caso de uma jovem de 21 anos que acusou Krupp de tê-la estuprado. A divulgação da denúncia levou pelo menos 40 mulheres a relatarem em redes sociais terem sido vítimas de violência sexual pelo rapaz. No início de agosto do ano passado, uma modelo de 28 anos procurou a Deam para narrar ter sido sofrido o mesmo crime, em setembro de 2016, em Niterói, na Região Metropolitana do estado.

Também no começo deste ano, o Tribunal de Justiça Rio de Janeiro aceitou o habeas corpus da defesa de Krupp para que fosse extinta a punibilidade de pena na ação movida contra o modelo por estelionato.

A decisão arquivou o processo por estelionato de Bruno Krupp, em que ele e um amigo eram réus por clonar cartões e praticar golpes contra turistas ao oferecerem diárias de hotéis mais baratas e pedirem que depositassem dinheiro na conta deles.

Modelo deve ser solto nesta quarta-feira
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou o pedido da defesa de Bruno Krupp e concedeu o habeas ao modelo, que está preso preventivamente por atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca, no ano passado. A Justiça do Rio determinou a soltura do modelo na terça-feira, e ele deve deixar o presídio nesta quarta.

A decisão é do ministro Rogerio Schietti Cruz, que entende que Krupp é réu primário e portador de bons antecedentes. No documento, ainda aponta não haver “indicação da periculosidade” a justificar a medida cautelar “mais gravosa”. Cruz critica ainda o fato de o modelo responder por homicídio doloso, mas entende que não cabe essa discussão no recurso atual.

Krupp, no entanto, terá que cumprir medidas cautelares, tais quais: entregar o passaporte, comparecer mensalmente em juízo, ter seu direito de dirigir suspenso, além de estar proibido de tentar obter permissão ou habilitação para dirigir e fazer uso de tornozeleira eletrônica.

Ary Bergher, advogado que representa o modelo, comemorou a decisão:

"A brutalidade que fizeram com esse jovem, jamais será reparada! Parabéns ao STJ, por corrigir essa tamanha injustiça! Ainda existem juízes em Berlim" disse.

O modelo está preso há oito meses pela morte do estudante João Gabriel Cardim Guimarães, em julho do ano passado.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter