Bukele cerca segunda comunidade em El Salvador para combater gangues
Cerco incluiu revistas em residências e a pessoas que transitam a pé, em seus veículos, ou de transporte coletivo
Mais de mil soldados cercaram uma comunidade na capital de El Salvador neste sábado (24) como parte da guerra contra gangues promovida pelo presidente Nayib Bukele, na segunda operação deste tipo neste mês no país centro-americano.
"Desde esta manhã, a comunidade Tutunichapa, em São Salvador, está totalmente cercada", disse Bukele no Twitter.
"Mais de 1.000 soldados e 130 agentes da Polícia, vão tirar os criminosos que ainda permanecem nesta comunidade, famosa pelo narcotráfico", acrescentou, afirmando que isto seria feito "sem remover um único elemento do cerco de Soyapango", que se mantém desde 3 de dezembro.
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Em Tutunichapa, um bairro populoso de São Salvador, as autoridades relataram as seis primeiras prisões de "criminosos", sem especificar se são membros de gangues ou pessoas envolvidas com o narcotráfico, segundo informações fornecidas à imprensa pela Casa Presidencial.
"Todos os terroristas, traficantes de drogas e membros de gangues serão removidos desta comunidade, até poucos meses atrás, um reduto do crime. Cidadãos honestos não têm nada a temer e podem continuar levando suas vidas normalmente", disse Bukele em outro tuíte.
Soyapango, a terceira maior cidade do país com 242 mil habitantes e localizada na região metropolitana de São Salvador, foi cercada por cerca de 10 mil militares e policiais no início deste mês sob a proteção do estado de exceção declarado pelo Congresso a pedido de Bukele em 27 de março, após um aumento da violência devido a ações de gangues.
O cerco incluiu revistas em residências e a pessoas que transitam a pé, em seus veículos, ou de transporte coletivo.
Nas ruas de Soyapango, carros blindados do exército, alguns armados com artilharia, realizam patrulhas constantes, enquanto carros de polícia com agentes fortemente armados com fuzis entram nos bairros do município em busca de membros de gangues.
Até 15 de dezembro, cerca de 500 supostos membros de gangues haviam sido detidos em Soyapango, de acordo com o último balanço do governo.
Em El Salvador, a guerra contra as gangues, também chamadas de maras, levou à prisão de mais de 60 mil pessoas desde março por supostos vínculos com organizações criminosas, segundo dados oficiais.