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Vacinação

Butantan entrega Novo lote de 1,5 milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde

O Butantan espera atingir o número de doses prometidas no primeiro acordo com a pasta da saúde, de 46 milhões de doses até o final de abril

Vacina Coronavac/Butantan, contra a Covid-19Vacina Coronavac/Butantan, contra a Covid-19 - Foto: Nelson Almeida/AFP

Um novo lote de 1,5 milhão de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida, no Brasil, pelo Instituto Butantan, foi entregue na manhã desta segunda-feira (12) ao Ministério da Saúde.

Com a entrega das vacinas, o total de unidades da Coronavac repassadas pelo governo de SP ao Ministério da Saúde desde janeiro chega a 39,7 milhões de doses. As doses serão encaminhadas ao PNI (Program Nacional de Imunizações), para serem distribuídas proporcionalmente aos estados.

Assim, o Butantan espera atingir o número de doses prometidas no primeiro acordo com a pasta da saúde, de 46 milhões de doses até o final de abril. Em agosto, o total deve chegar aos 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a entrega ao lado do secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn, e do diretor do Butantan, Dimas Tadeu Covas na manhã de segunda-feira (12).

"Nós vamos cumprir o acordo fechado com o Ministério da Saúde para entrega de 46 milhões de doses até o dia 30 de abril e, a partir do dia 1º de maio até o dia 30 de setembro, serão entregues mais 54 milhões de doses", afirmou Doria.

 



Na última quinta-feira (8), após relatos de que não havia mais matéria-prima no país para produzir a Coronavac, Doria anunciou a liberação de duas novas remessas de IFA (ingrediente farmacêutico ativo, necessário para a formulação e envase da Coronavac no país) vindas da China, com chegada prevista até o dia 20 de abril, no caso do primeiro lote, e até o final do mês, para a segunda remessa.


Os 3.000 litros de IFA do primeiro lote serão suficientes para produzir 5 milhões de novas doses da Coronavac. Com a segunda remessa, serão produzidas mais 5 milhões de doses do imunizante, totalizando pelo menos dez milhões de doses até o final de abril.

Questionado se com a entrega da matéria-prima apenas no dia 20 seria possível entregar as doses no prazo esperado, visto que demoram em média 15 dias para o envase das novas doses, o governador afirmou que os prazos serão cumpridos.

Segundo Covas, a matéria-prima já existente no instituto será suficiente para cumprir com o cronograma de entrega das doses ao PNI até a chegada do novo lote de insumos. "Temos ainda doses para entrega na próxima semana e portanto vamos cumprir o cronograma", afirmou.

Doria ainda questionou onde estão as outras doses do PNI obtidas pelo governo federal pela Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz.

"Onde estão as 400 milhões de doses que o governo federal prometeu aos brasileiros? Hoje apenas o Butantan fornece vacinas para o Brasil", apontou. Hoje, cerca de 8 em cada 10 doses aplicadas da vacina contra Covid-19 no país é da Coronavac.

A vacina contra a Covid-19 é hoje a principal ferramenta para impedir o agravamento dos casos graves e novas hospitalizações, além do distanciamento social e do uso de máscaras. O Brasil passou, no último sábado (10), da triste marca de 350 mil mortos pela Covid-19.

No domingo (11), o país registrou a segunda maior média móvel de mortes, com 3.109. Na última semana, somente o estado de São Paulo chegou a 1.389 mortes em único dia.

Em SP, até o último domingo (11), foram registrados 2.643.534 casos confirmados e 82.917 mortes por Covid-19.

Segundo dados da secretaria estadual de saúde, o número de novas internações em SP segue em declínio. Hoje, há 26.432 internados com quadro grave da doença, dos quais 12.213 pacientes estão em leitos de UTI e 14.219 em leitos de enfermaria.

A cidade de São Paulo registrou, na última semana, uma queda na incidência de casos graves da Covid-19 em idosos. A redução, associada à vacinação, pode ser vista observando a taxa de incidência de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Covid-19 em pessoas com 85 a 89 anos e 90 anos ou mais quando comparada a primeira semana de janeiro, antes do início da vacinação, em relação à segunda semana de março: em janeiro, a taxa de Srag em pessoas de 85 a 89 anos era 7,66 vezes maior do que na população geral, caindo para 5,23 em março; em relação às pessoas de 90 anos ou mais, essa taxa era 8,18 vezes maior do que na média geral, em janeiro, e caiu para 3,72 em março.

Ainda, nesta segunda-feira (12) tem início a campanha de vacinação contra a gripe. O fornecimento de 80 milhões de doses da vacina contra o vírus influenza será 100% fornecido pelo Instituto Butantan, que já tem as doses prontas para entrega ao Ministério da Saúde. A vacina contra a gripe é produzida hoje em uma fábrica a parte da fábrica de envase da Coronavac e sua fabricação não interfere na produção da vacina contra a Covid-19.

 

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