Caetano Veloso canta 'Terra' em protesto contra projetos que flexibilizam leis ambientais
No palco junto do artista estava o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD)
O cantor Caetano Veloso terminou o discurso no "Ato Pela Terra", protesto contra um pacote de projetos que flexibilizam leis ambientais brasileiras, convidando a plateia a cantar o refrão de "Terra". O momento emocionou os presentes. No palco junto do artista estava o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
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"Terra, por mais distante, o errante navegante. Quem jamais te esqueceria?", diz o trecho cantado.
"Terra, Terra..."
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) March 9, 2022
Caetano Veloso (@caetanoveloso) e dezenas de artistas cantam a canção "Terra", no Senado Federal, contra o pacote de destruição, no dia do #AtoPelaTerra.
Vídeo: @MidiaNINJA #CaetanoPelaTerra #342artes #342Amazonia pic.twitter.com/sFCp0Xm9oZ
Artistas de várias regiões do país se reúnem em Brasília, para o protesto contra projetos de lei que ameaçam o meio ambiente e tramitam no Congresso Nacional. São eles: o PL 2.159, que trata do licenciamento ambiental; o PL 2.633 e o PL 510, sobre grilagem de terras públicas; o PL 490, sobre o Marco Temporal para terras indígenas; o PL 191, do garimpo em terras indígenas e o PL 6.299, que ficou conhecido como "PL do Veneno" e que revoga a atual Lei de Agrotóxicos.
Segundo os organizadores, o ato foi uma ideia do cantor e compositor Caetano Veloso, em função dos "retrocessos inaceitáveis em termos de proteção dos direitos socioambientais". Ele e a esposa, Paula Lavigne, convidaram artistas e organizações sociais para a manifestação.
Mais cedo, um grupo de mais de 20 artistas liderado por Caetano se reuniu por cerca de vinte minutos no gabinete da ministra Cármen Lúcia e contou com a presença dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. A reunião foi fechada para a imprensa.
Entre os artistas presentes estavam, além de Caetano dele e da esposa, Paula Lavigne, nomes como Daniela Mercury, Seu Jorge, Emicida, Nando Reis e Maria Gadu.
Paula Lavigne entregou aos quatro ministros presentes memoriais com pedidos da classe artística, e Seu Jorge pediu a palavra para dizer que o meio externa a enorme preocupação com o Brasil.
— Amamos o Brasil e temos que cuidar do nosso povo, que está sendo muito castigado — disse o cantor e ator.