Café da manhã ajuda a proteger contra doenças cardíacas, diz novo estudo
No estudo espanhol, a refeição considerada de boa qualidade incluía proteínas, carboidratos e fibras, com pouco espaço para açúcares e gorduras saturadas
Há pesquisas que afirmem que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, entretanto, um novo estudo publicado no periódico científico Journal of Nutrition, Health and Aging, mostra que além da importância, a refeição pode proteger contra doenças cardiovasculares.
Pesquisadores da Espanha acompanharam, por três anos, 383 participantes do PREDIMED-Plus, projeto que reúne informações sobre o estilo de vida de mais de 7 mil espanhóis. Todos tinham entre 55 e 75 anos e estavam acima do peso ou com obesidade.
Segundo os pesquisadores, pessoas com alto risco cardiovascular podem se beneficiar de um café da manhã balanceado para manter um peso corporal saudável, circunferência da cintura, perfil lipídico e função renal — fatores que aumentam o risco de distúrbios como a aterosclerose (acúmulo de gordura nas artérias) e fator de risco para infarto e outros problemas.
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“Nossas descobertas destacam a importância de não apenas tomar café da manhã, mas prestar atenção à quantidade e qualidade do que é consumido. Promover hábitos saudáveis de café da manhã pode contribuir para um envelhecimento saudável, reduzindo o risco de síndrome metabólica e doenças crônicas associadas, melhorando assim a qualidade de vida”, afirmam os pesquisadores.
No estudo espanhol, o café da manhã considerado de boa qualidade incluía proteínas, carboidratos e fibras. Havia pouco espaço para açúcares e gorduras saturadas, e a refeição correspondia a 20% das calorias diárias. Este tipo de refeição foi associado a valores mais baixos de IMC, triglicerídeos e maiores concentrações de HDL (considerado como o “colesterol bom”).
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Sobre o menu, os pesquisadores afirmam que é necessário ter um prato balanceado, e pode ter, por exemplo, produtos lácteos, em razão do cálcio, e frutas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário de 400 gramas de frutas e hortaliças.
Mamão, melão, morango, banana, abacate e laranja são escolhas habituais, porém, as pessoas podem inovar fazendo, por exemplo, uma vitamina, ou escolhendo outras frutas regionais e dependendo da sazonalidade garantindo alimentos frescos e saborosos.
Na parte das fibras, pode ter aveias e pães integrais — o grupo também oferece carboidrato, o aliado da disposição. Como alternativa para os carboidratos, pode ter panqueca, mandioca e a batata-doce. Os especialistas ainda sugerem incrementar sementes como a linhaça, o gergelim e a chia, para evitar picos glicêmicos.
Por último, um alimento que é muito presente na mesa do brasileiro é o ovo que pode assumir a forma cozida ou uma omelete.
Segundo os pesquisadores, ainda serão necessários mais estudos para esclarecer a quantidade e qualidade do café da manhã nos resultados cardiovasculares e outras doenças crônicas, o que pode ajudar a refinar as recomendações dietéticas.