URBANISMO

Cais José Estelita: Recife incorpora área de 50 mil metros quadrados para projeto de requalificação

Ação integra o projeto Novo Recife, que prevê ações mitigadoras no local, assim como empreendimentos imobiliários

Área do projeto Novo Recife, que disponibiliza R$ 120 milhões para construção de um parque linear e empreendimentos mobiliáriosÁrea do projeto Novo Recife, que disponibiliza R$ 120 milhões para construção de um parque linear e empreendimentos mobiliários - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

A Prefeitura do Recife incorporou uma área pública de 50 mil m² - cinco hectares - de um antigo pátio ferroviário inativado do Cais José Estelita, no bairro de São José, área central da capital. A aquisição, que aconteceu após negociação com o Governo Federal, chega para dar continuidade à requalificação da área, que é a principal ligação do Centro com a Zona Sul da cidade. 

A ação integra o projeto Novo Recife, que prevê a construção de um parque linear na bacia do Pina, e, com a nova aquisição da área pública, vai dobrar de tamanho. A primeira etapa das obras no local devem ser iniciadas em aproximadamente 60 dias, com investimento total de R$ 120 milhões do setor privado.

O prefeito João Campos (PSB) esteve em Brasília ao lado do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, nessa terça-feira (4), para assinatura da concessão. "Essa área vai incluir também a preservação da memória ferroviária em um investimento de R$ 20 milhões, com o seu espaço ficando disponível para todas as pessoas da cidade”, explicou o prefeito.

"Fomos desafiados pelo prefeito para entregar uma solução jurídica, sustentável, que encontrasse valor principalmente para a população do Recife. E agora essa população vai desfrutar de uma área pública muito maior, com equipamentos de lazer e culturais, com preservação do meio ambiente”, ressaltou Jorge Messias.

Assinatura da parceria entre a Prefeitura do Recife e a AGUAssinatura da parceria entre a Prefeitura do Recife e a AGU. - Foto: Divulgação/Prefeitura do Recife

Ações previstas no acordo
Além da concessão do terreno, o acordo também prevê outras ações mitigadoras. Uma delas é a derrubada do muro que separava o pátio ferroviário da Avenida Sul, um dos principais pontos de ligação da Zona Oeste com o Centro da cidade. O objetivo é viabilizar a criação de uma alameda que ligará a Avenida Dantas Barreto, área central, à avenida do Cais José Estelita e à bacia do Pina. Com a medida, é esperada a melhora do acesso a via que desemboca na ponte Joaquim Cardoso, na Ilha de Joana Bezerra, área central.

Outra medida prevista é a restauração de cerca de 10 armazéns que são considerados patrimônios históricos da capital pernambucana. “O projeto integra o sistema viário de planejamento para a Avenida Sul, a Rua Imperial e o complexo adjacente. A expectativa é que essa nova configuração traga uma transformação significativa para a região, ampliando o acesso a novos equipamentos públicos e inaugurando uma nova vocação para o local”, afirmou o procurador-geral da Prefeitura do Recife, Pedro Pontes.

Galpões do Cais José Estelita, no RecifeAntigos galpões e armazéns do Cais José Estelita, no Recife. - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Gestão do investimento
O investimento de R$ 120 milhões do setor privado será gerido pela própria prefeitura, como afirma a gestão. A cidade deverá definir como os parques públicos serão integrados, além de outras decisões a respeito do projeto Novo Recife. 

Vale lembrar que, para além da construção do parque linear e obras de requalificação urbanística no Cais José Estelita, o projeto Novo Recife também prevê a construção de 13 edifícios residenciais e comerciais no local. Ainda de acordo com a gestão da cidade, levando em consideração todas as ações mitigadoras, 65% da área contemplada será projeto de área pública e 35% será composta por empreendimentos imobiliários.

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