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Campanha de Prevenção à Cegueira em Cães oferece exames gratuitos no Recife

Ação é promovida pelo projeto "Adote um vira-lata" em conjunto com instituições parceiras

Exames oftalmológicos em cães são realizados em clínica em Boa ViagemExames oftalmológicos em cães são realizados em clínica em Boa Viagem - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A fim de conscientizar os tutores para os cuidados com a visão dos cãezinhos, o projeto Adote um vira-lata, desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), promove a Campanha de Prevenção à Cegueira em Cães, realizada em parceria com o Centro de Excelência em Oftalmologia Veterinária (Ceovet), localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e a empresa ViZoo Oftalmologia Veterinária. A iniciativa oferece, para cada cachorro, três exames gratuitos durante a campanha, com consultas que podem ser agendadas pelo site olhodepet.com.br

A campanha segue até o dia 7 de dezembro, com vagas limitadas. Para participar, o tutor deve levar, no dia agendado para a avaliação veterinária, um pacote de ração, que será doado para o projeto “Adote um vira-lata”. A avaliação da visão tem como objetivo identificar possíveis alterações na saúde ocular do animal e inclui os exames de pressão intraocular, produção lacrimal e análise da opacidade do cristalino.

Como explica o médico veterinário Fábio Brito, responsável pelo Ceovet e referência em oftalmologia veterinária, grande parte da cegueira em cães poderia ser evitada, especialmente se as doenças fossem identificadas previamente. “Essa campanha está sendo realizada para divulgar para os tutores a especialidade da oftalmologia. A gente faz alguns exames para avaliar se o animal tem ou não alguma possibilidade de estar cego. A gente está avaliando a produção de lágrima, para ver se o animal tem olho seco, a pressão intraocular, para ver se ele tem glaucoma, e o cristalino, para saber se ele tem catarata ou não”, comentou.

Brito também orienta os tutores a ficarem atentos aos sinais que podem ser dados pelos cãezinhos. “Os animais sempre manifestam sinais que, às vezes, a gente acha que é uma bobagem, mas que trazem grande importância para a gente identificar isso, como, por exemplo, dificuldade para encontrar o local da comida; quando ele sai para passear tem dificuldade para subir e descer da calçada; começar a bater em objeto dentro de casa; não conseguir subir e descer do sofá, da cama; ficar mais quieto, mais apático, porque ele começa a associar que, se ele está andando e bate nas coisas, isso dói. Então, ele fica mais quieto, que é para evitar essa dor e aí ele fica mais apático”, descreveu. 

“Existem outros sinais também como, por exemplo, a remela mais do que o normal, esse é um sinal importante. Se o olho está vermelho também”, acrescentou. O veterinário orienta, ainda, sobre os perigos de os tutores aplicarem medicação por conta própria nos animais, muitas vezes utilizando medicamentos usados em humanos, mas que não fazem bem aos pets. 

“A gente usa muitas medicações da medicina humana na medicina veterinária, na oftalmologia veterinária, porém algumas medicações, em algumas situações, podem agravar o quadro ao invés de melhorar. Muitas vezes a pessoa tem um colírio em casa e pensa em aplicar no pet, mas esse colírio pode prejudicar, e isso acontece com muita velocidade. Às vezes, com dois ou três dias com a medicação errada, o animal pode perder a visão e, às vezes, até o olho”, frisou. 

O veterinário reforça a importância de os tutores procurarem médicos veterinários especialistas em oftalmologia para cuidar da saúde ocular dos bichinhos. “No olho, as coisas acontecem muito rapidamente. Então, para evitar complicações, para evitar que a situação se agrave, para não perder tempo, o ideal é que ele busque um especialista em oftalmologia veterinária. Assim como a gente faz com o ser humano, quando a gente tem um problema no olho, a gente busca um oftalmologista, a gente não vai no clínico geral. Então, a gente aconselha que, nos pets, também seja feito isso para que a gente não tenha problemas mais graves”, orientou.

A economista Alessandra Souza, de 30 anos, faz questão de cuidar da saúde do spitz Theo, de 5 anos. “A gente cuida bastante da saúde dele. Como o cachorro não sabe dizer se está vendo, se está enxergando ou não, eu acho que a gente tem que trazer pelo menos uma vez por ano pelo menos para estar dando uma olhada nos olhinhos”, disse. 

No próximo sábado (12), a campanha realiza ação no Parque Santana, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Recife, com o objetivo de orientar mais tutores sobre os cuidados com a visão. Na semana seguinte, no sábado 19, a ação será promovida no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul.

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