Com homenagem a quem não parou de doar em meio à pandemia, Hemope realiza Semana Nacional do Doador
Campanha também tem objetivo de incentivar futuros doadores
Durante esta semana, quem for doar sangue no Hemope, no bairro das Graças, no Recife, será recebido com um tapete vermelho e uma decoração toda especial. O gesto é para celebrar a Semana Nacional do Doador de Sangue, que começou nesta segunda-feira (23) segue até o próximo sábado (28), e homenagear quem não parou de doar durante a pandemia. A celebração faz parte de uma ação integrada dos hemocentros de todo o País, que estão realizando a campanha nacional "Somos todos do mesmo sangue".
Para Josinete Gomes, supervisora da captação de doadores de sangue do Hemope, quem tem o hábito de doar é mais do que um doador, é um semeador de gentileza. "Estamos na Semana Nacional do Doador de Sangue, momento propício para homenagear as pessoas que, anonimamente, realizam as doações e salvam vidas. Mais do que isso, sabemos que essas pessoas são multiplicadoras, porque o bom exemplo delas estimula outras pessoas a doarem sangue também", destacou a supervisora. Segundo ela, no Recife, cerca de 170 doadores são homenageados por atingirem a marca de 50 e 25 doações anuais.
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Durante a pandemia do coronavírus, houve uma queda de 50% no estoque do Hemope, o que preocupa a instituição. “Precisamos manter a corrente de solidariedade, principalmente durante a pandemia, período tão atípico para todo mundo. O sangue continua sendo necessário para salvar vidas. É preciso que as pessoas incluam o hábito de doar sangue no cotidiano delas, e não doando apenas quando alguém próximo esteja precisando”, afirmou Gessyane Paulino, diretora geral do Hemope. Ainda conforme a diretora, as doações periódicas são essenciais para manter os estoques de plaquetas, que ajudam no controle de sangramentos e são usadas em tratamentos contra o câncer, por exemplo.
A professora Mariana Pessoa, 34, esteve no Hemope para doar sangue. Para ela, a sensação de poder estar contribuindo para ajudar alguém é maravilhosa. “Apesar do distanciamento social que essa pandemia nos impôs, doar sangue nos faz lembrar que é preciso estar próximo do outro, mesmo que seja um desconhecido”, pontuou.
Quem também esteve doando foi a cabeleireira Gorete Melo, 42, que já tem o hábito de doar. “Durante essa pandemia, muitas pessoas perderam a vida. E aqui a gente tem a chance de ajudar a salvar uma”, disse. Já o poeta Gênesis Levi, 26, sempre teve vontade de doar, mas faltava um pontapé inicial, foi quando o seu vizinho fez o convite para ajudar uma pessoa específica. “Agora que doei pela primeira vez, quero voltar sempre que puder. Só confirmou o que eu pensava: a sensação de salvar alguém com um gesto tão simples é muito boa. Foi a minha primeira doação de muitas que virão”, concluiu Gênesis.
O Hemope segue funcionando normalmente, de segunda-feira a sábado, das 7h15 às 18h30, por livre demanda. Mas os doadores que desejarem agendar a doação, podem entrar em contato com a central de agendamento, através do telefone 0800-081-1535. Os critérios para doar são estar em boas condições de saúde, pesar mais de 50kg, estar alimentado, portar documento oficial com foto, ter entre 16 (menores de 18 devem estar acompanhados por um responsável legal durante o processo) e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos de idade.