meio ambiente

Canadá não autorizará exploração do fundo do mar sem regulamentação "rigorosa"

O país da América do Norte firmou o objetivo de proteger 30% de suas terras e oceanos até 2030

Imagem do Estreito de Geórgia, entre o estado americano de Washington e a província canadense de British ColumbiaImagem do Estreito de Geórgia, entre o estado americano de Washington e a província canadense de British Columbia - Foto: Unsplash

O Canadá anunciou nesta quinta-feira (9) que não permitirá a mineração do fundo do mar sob sua jurisdição até que uma "estrutura regulatória rigorosa" seja estabelecida.

A declaração foi divulgada ao fim das negociações do V Congresso Internacional de Áreas Marinhas Protegidas (Impac5), que começou na última sexta-feira em Vancouver.

Atualmente, o Canadá não possui uma estrutura legal nacional que permita a mineração no fundo do mar, disse a declaração dos ministros de Recursos Naturais e Pescas e Oceanos. Na ausência desta estrutura legal, o Canadá não autorizará a mineração do fundo do mar nas áreas sob sua jurisdição, acrescentaram.

Os defensores da mineração offshore argumentam que grânulos de níquel e cobalto - usados em baterias de carros elétricos - podem ser facilmente extraídos do leito do mar, o que ajudaria a reduzir a dependência humana de combustíveis fósseis.

No entanto, grupos de ambientalistas e cientistas temem que isso possa devastar sistemas marinhos pouco conhecidos, que desempenham um papel crucial na regulação do clima.

Na quarta-feira, Ottawa também anunciou planos para criar uma nova área marinha protegida no Oceano Pacífico que se estenderia da ilha de Vancouver à fronteira canadense com o Alaska.

O novo plano, assinado também por vários grupos indígenas, aproxima um pouco mais o Canadá do objetivo de proteger 30% de suas terras e oceanos até 2030, como acordado durante a Cúpula sobre Biodiversidade realizada em Montreal, em dezembro.

Essas "ações concretas" demonstram que o compromisso de 30% do Canadá é "mais do que um slogan", disse o ministro do Meio Ambiente, Steven Guilbeault.

"As ações dizem muito claramente: é assim que manteremos os ecossistemas oceânicos saudáveis para as próximas gerações".

A área protegida proposta abriga mais de 64 espécies de peixes, 70 espécies de aves marinhas, 30 espécies de mamíferos marinhos, incluindo orcas, lontras marinhas e golfinhos, e 52 espécies de invertebrados, como moluscos, ouriços-do-mar e polvos.

Veja também

Chefe do ELN diz que diálogos na Colômbia podem seguir apesar de confrontos
Colômbia

Chefe do ELN diz que diálogos na Colômbia podem seguir apesar de confrontos

ONS recomenda que governo volte a adotar o horário de verão
Horário de verão

ONS recomenda que governo volte a adotar o horário de verão

Newsletter