Canadá se opõe à presença da Rússia no próximo G20
Primeiro-ministro canadense diz que Rússia não pode ser considerado um 'parceiro construtivo' para o crescimento econômico mundial
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou, nesta quinta-feira (31), que a Rússia não deve estar presente na próxima reunião do G20, pois esse país não pode ser considerado um "parceiro construtivo".
"Não acredito que possamos nos sentar com a Rússia em torno da mesa" explicou Trudeau, que assinalou ter conversado sobre o tema com o presidente da Indonésia, que está a cargo do G20 este ano.
"Não faz nenhum sentido ter uma discussão sobre o crescimento econômico mundial, se o país responsável por grande parte dos inconvenientes se encontra na mesa", acrescentou.
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A decisão recai no próprio G20, criado para promover o diálogo entre as antigas potências industriais do G7 e as principais economias emergentes, como China, Brasil e Rússia.
"É lógico que Vladimir Putin não compareça este ano. A expulsão no longo prazo, é preciso haver uma discussão sobre isso", ressaltou Trudeau.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo na semana passada para excluir a Rússia do G20, país que já foi expulso do G8 - agora G7 - após a anexação da Crimeia em 2014.
A Indonésia, por sua vez, comunicou que seguiria "imparcial", enquanto a China defende que Putin compareça à reunião do grupo, que acontece no final do ano.