Câncer de pele: especialistas alertam para tumor no couro cabeludo; saiba como se prevenir
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença é a mais frequente no Brasil
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país — o que nas novas estimativas para o triênio 2023-2025 corresponde a 211 mil casos por ano. Esse tipo de câncer é causado pelo crescimento incomum de células na pele, formando camadas que determinam o tipo da doença.
No verão, por conta da exposição do sol, e o uso do filtro solar, é o período em que mais ouvimos falar sobre a doença, entretanto, mesmo com todos os cuidados, algumas pessoas esquecem de proteger áreas como o couro cabeludo, que também é atingido pelos raios ultravioleta e pode ser afetado pelo câncer de pele.
Apesar de os cabelos oferecerem uma certa proteção ao couro cabeludo contra os raios solares, os dermatologistas recomendam o uso de bonés ou chapéus durante a exposição solar, visto que eles funcionam como uma barreira física que ajuda nessa proteção. Porém, além deles, é importante usar o protetor solar nas regiões do corpo.
Para pessoas que são calvas, carecas ou possui cabelo rarefeito, os especialistas afirmam que o cuidado nessas áreas deve ser redobrado. Essa região possui uma pele mais delicada, o que pode aumentar a chance de queimaduras devido à exposição ao sol e também as chances do desenvolvimento do câncer de pele.
A recomendação dos médicos e especialistas é usar protetor solar na cabeça também. Cujo fator de proteção do produto seja de no mínimo de 50% e que ele seja aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas. Além disso, nunca se deve usar o produto vencido, pois prejudica a eficácia da proteção.
Quais os tipos de câncer de pele?
- Carcinoma basocelular (BCB): o tipo mais comum, com baixa letalidade e alto índice de cura caso seja detectado precocemente. Tende a surgir na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele) e se apresenta como uma espinha, machucado ou ferida. Está englobado na classificação de câncer de pele não melanoma.
- Carcinoma espinocelular (CEC): também de baixa letalidade, costuma se desenvolver em áreas como rosto, couro cabeludo e pescoço. Atinge as células escamosas, responsáveis por formar a maior parte das camadas superiores da pele — causando enrugamento, perda de elasticidade e sinais de dano solar. Está englobado na classificação de câncer de pele não melanoma.
- Melanoma: origina-se nas células produtoras de melanina, que determinam a coloração da pele. Em geral, aparence como uma pinta ou um sinal na pele, que, com o tempo, muda de cor e pode causar lesões. Apesar de ser o tipo mais agressivo de câncer de pele, com o tratamento correto as chances de cura beiram os 90%. Pessoas com casos na família devem ir ao dermatologista regularmente.
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Quais os sintomas do câncer de pele?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os sintomas do câncer de pele costumam se manifestar na forma de:
- Manchas ou feridas que não cicatrizam em até quatro semanas e apresentam coceiras ou sangramentos;
- Pintas pretas ou castanhas que mudam de cor, textura, tornam-se irregulares e crescem de tamanho;
- Lesões de aparência elevada com crosta central e sangramento constante;
- Normalmente essas manchas, feridas, pintas e lesões aparecem em locais expostos ao sol diariamente, mas podem surgir em qualquer parte do corpo.
Há um método comumente indicados por profissionais para que seus pacientes possam identificar sinais suspeitos em seus corpos, o ABCDE. Neste teste é preciso se preocupar caso o sinal esteja dentro dos seguintes critérios:
- Assimetria em sua forma, que pode representar um tumor maligno;
- Bordas irregulares;
- Cor acima dos dois tons da pele, normalmente preto;
- Diâmetro maior que 6 milímetros;
- Evolução de tamanho, forma e cor.
Nesses casos, é preciso procurar um médico imediatamente.
Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas existem alguns fatores que podem aumentar o risco de aparecimento da doença. A maioria dos casos são registrados em adultos com mais de 40 anos e alguns fatores de risco são: pele e olhos claros, exposição intensa e intermitente ao sol, bronzeamento artificial, histórico familiar e doenças cutâneas prévias.