Candidata apoiada por Trump perde governo do Arizona
Depois de uma disputa acirrada neste estado-chave, a democrata Katie Hobbs derrotou sua adversária trumpista
A republicana Kari Lake, que recebeu o apoio do ex-presidente americano Donald Trump para o governo do Arizona, foi derrotada, disse a mídia dos Estados Unidos nesta segunda-feira (14). É um novo revés para o magnata, que pode anunciar nesta terça sua candidatura à Casa Branca em 2024.
Depois de uma disputa acirrada neste estado-chave, a democrata Katie Hobbs derrotou sua adversária trumpista, uma ex-jornalista que replica todos os temas de seu mentor, segundo a CNN e a NBC.
"Vale a pena esperar pela democracia. Obrigada, Arizona. Estou honrada e orgulhosa de ser sua próxima governadora", escreveu Hobbs em sua conta no Twitter na noite de segunda-feira, quase uma semana após o encerramento das urnas.
No entanto, Lake, que fez seu nome com base no ceticismo em relação à grande mídia e à classe dominante, pareceu rejeitar projeções que a consideravam uma perdedora.
"As pessoas no Arizona conhecem uma BS (bullshit, 'besteira' em português) quando veem uma", tuitou Lake.
Enquanto isso, Trump, que deve anunciar sua candidatura presidencial para 2024 nesta terça-feira, comentou o resultado por meio de sua rede social, Truth Social. "Uau! Eles acabaram de tirar a eleição de Kari Lake. Está muito ruim lá fora!", escreveu, sem explicar a quem ele estava se referindo.
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Aos 52 anos, Hobbs ganha assim uma aposta arriscada, depois de uma campanha sem confronto direto contra esta estrela local que contestou a eleição de Joe Biden. Resumiu dizendo que era um confronto entre "razão e caos".
Nascida no Arizona, esta ex-assistente social era até agora secretária de Estado nesta região do sudoeste dos Estados Unidos, encarregada do bom andamento das eleições.
Sua firme defesa dos resultados da eleição presidencial de 2020 no Arizona, onde Biden liderou Trump por apenas 10.000 votos, acelerou sua ascensão política nas fileiras democratas.
Durante sua campanha, Hobbs foi criticada por seu envolvimento na demissão de uma assistente parlamentar negra em 2015 que exigia um aumento salarial e que ganhou o caso por discriminação.