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Candidata governista do México se compromete com defesa da liberdade de imprensa

Sheinbaum ainda anunciou que caso chegue à presidência, promoverá mudanças nas leis estaduais que criminalizam a difamação e uma política de reconhecimento e respeito ao jornalismo

A candidata presidencial do México pelo partido governista Morena, Claudia Sheinbaum, cumprimenta seus apoiadores ao chegar para seu comício de encerramento de campanha.A candidata presidencial do México pelo partido governista Morena, Claudia Sheinbaum, cumprimenta seus apoiadores ao chegar para seu comício de encerramento de campanha. - Foto: Alfredo Estrella / AFP

A candidata governista à presidência do México, Claudia Sheinbaum, se comprometeu a adotar medidas concretas para defender a liberdade de expressão no país, onde mais de 150 jornalistas foram mortos desde 1994, informou a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) nesta quinta-feira (30).

A líder de esquerda, favorita nas eleições do próximo domingo (2), assinou na quarta-feira um documento promovido pela RSF, também assinado por sua adversária de centro-direita Xóchitl Gálvez e o centrista Jorge Álvarez Máynez.

Sheinbaum "assinou publicamente uma carta de compromisso para proteger o jornalismo e garantir que, se eleita, criará um grupo de trabalho no primeiro trimestre de 2025 para estruturar (...) ações neste âmbito", detalhou um comunicado da organização.
 

A ex-prefeita da Cidade do México anunciou que a sua política incluirá ações de apoio a jornalistas deslocados e de revisão do mecanismo de proteção dos comunicadores, bem como o protocolo para a investigação de crimes contra a liberdade de expressão, acrescenta o comunicado.

Também anunciou que caso chegue à presidência, promoverá mudanças nas leis estaduais que criminalizam a difamação e uma política de reconhecimento e respeito ao jornalismo.

Segundo a RSF, mais de 150 repórteres foram assassinados desde 1994 no México, duramente atingido pela violência do crime organizado. Trinta e oito destes homicídios ocorreram sob o governo do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, iniciado em 2018, o que torna o país um dos mais perigosos para a prática do jornalismo. A maioria dos crimes permanece impune.

López Obrador critica duramente um setor da imprensa tradicional, que chama de "submundo do jornalismo", após questionamentos sobre sua gestão.

O compromisso assumido pela RSF com os três candidatos exige a priorização de cinco eixos, como a proteção dos jornalistas, uma legislação que a garanta e o combate à impunidade.

"Celebramos o compromisso dos três candidatos presidenciais (...). Este gesto demonstra vontade política (...) e abre caminho para uma cooperação concreta com o próximo governo", disse Artur Romeu, diretor da RSF América Latina, citado no comunicado.

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