Candidaturas de Ucrânia e Moldávia são "momento decisivo" para UE
O primeiro-ministro da Albânia (país candidato à adesão que aguarda novidades desde 2014), Edi Rama, advertiu que a Ucrânia não deve ter "ilusões" sobre o sucesso de sua candidatura
A União Europeia (UE) está em um "momento decisivo" com a reunião para debater a concessão do status de candidatos à Ucrânia e Moldávia, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"É um momento decisivo para a União Europeia (...) Acredito que hoje concederemos o status de candidatos para Ucrânia e Moldávia", disse o dirigente belga.
Na opinião de Michel, trata-se de uma "opção geopolítica" do bloco ao reconhecer a Ucrânia e a Moldávia como países candidatos à adesão, além de também expressar uma "perspectiva europeia" para a Geórgia.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro da Albânia (país candidato à adesão que aguarda novidades desde 2014), Edi Rama, advertiu que a Ucrânia não deve ter "ilusões" sobre o sucesso de sua candidatura.
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"A Macedônia do Norte é candidata há 17 anos, se não perdi a conta. A Albânia há oito. Então, bem-vindo, Ucrânia. É bom que a Ucrânia tenha reconhecido o status (de país candidato). Mas espero que os ucranianos não tenham ilusões", disse.
A UE organiza nesta quinta-feira uma reunião com líderes dos Bálcãs Ocidentais, um grupo de países que negocia há vários anos sua adesão mas enfrenta o veto da Bulgária.
"É uma vergonha que um país da Otan, a Bulgária, mantenha dois países da Otan como reféns, Albânia e Macedônia do Norte, em meio a uma guerra no quintal da Europa, enquanto outros 26 países permanecem sentados em demonstração de impotência", declarou Rama.
Michel afirmou que existe na UE a intenção de "intensificar" a relação com os países dos Bálcãs Ocidentais e de "enviar um sinal forte" para a região.