SAÚDE

Candidíase: conheça tratamentos inovadores para a doença que é mais frequente no verão

Ginecologista explica como as novas terapias, como LED e óleos essenciais, podem ajudar no tratamento da infecção

CandidíaseCandidíase - Foto: Freepik

O verão começa oficialmente no dia 22 de dezembro. Mas as sucessivas ondas de calor já deram uma prévia dos impactos das altas temperaturas na saúde e os cuidados que são necessários. Os dias mais quentes associados às férias escolares são um convite irrecusável para praia e piscina. Mas a combinação de calor e umidade faz aumentar os casos de candidíase nas mulheres.

Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), cerca de 75% das mulheres são afetadas pela infecção provocada por fungos, sendo o mais frequente a Cândida albicans. Cremes vaginais e comprimidos antifúngicos estão entre os tratamentos convencionais mais recomendados e utilizados. Mas há outras estratégias inovadoras, como LED, probióticos e óleos essenciais, afirma o ginecologista André Vinícius, que já atendeu grandes nomes como a cantora Anitta e as apresentadoras Adriane Galisteu, Fernandinha Souza e Giovanna Ewbank.

— É muito comum ver pacientes que não estão conseguido um resultado efetivo com o uso das medicações convencionais, como os antifúngicos orais, por conta do uso em larga escala, sem prescrição ou avaliação médica. O uso indiscriminado cria uma resistência desses fungos ao tratamento, gerando baixa resposta e manutenção das crises frequentes. Nesse sentido, outros tratamentos inovadores prometem ser mais eficientes para tratar especialmente as infecções recorrentes de candidíase, como o uso de LED, probióticos e óleos essenciais — explica o médico.

De acordo com o ginecologista, o tratamento com probióticos pode ser feito pela via oral, aumentando a diversidade de bactérias saudáveis no intestino e impedindo a troca com os microrganismos da vagina quando há um desequilibro, ou pela aplicação direta de probióticos vaginais que melhoram localmente a diversidade de bactérias boas. Já os óleos essenciais, podem ser utilizados através da diluição deles para realização de banhos de assento, os mais indicados para o uso são o óleo Melaleuca alternifólia (melaleuca) e Rosmarinus officinalis (alecrim).
 

Segundo André Vinícius, o LED é uma terapia indicada para os casos refratários de candidíase que não respondem ao tratamento habitual. Ele deve ser reservado para a candidíase recorrente, ou seja, quando são registrados mais de 4 episódios por ano.

— A aplicação dessa tecnologia é realizada em consultório ginecológico, onde uma ponteira anatômica, adaptada para o formato da vagina, é introduzida no canal vaginal. Dentro da vagina a luz libera fotoativos responsáveis por matar os fungos. O interessante da tecnologia é que ela consegue eliminar até 80% dos fungos que estão presentes na flora sem determinar alterações nas células saudáveis do local. O tratamento com LED não causa efeitos colaterais nas mulheres, apenas um aumento da temperatura na região — explica o ginecologista.

O tratamento através do LED costuma a ter uma duração de 5 minutos por sessão, indicada de 2 a 3 sessões por semana, tendo a média de 6 no total, para apresentar resultados efetivos.

Além da associação de umidade e calor, outros fatores favorecem o surgimento da candidíase, como o uso de anticoncepcionais orais, gravidez, diabetes descompensada, o uso de medicamentos imunossupressores ou de corticoides.

— Vale ressaltar que a cândida é um fungo presente no organismo das mulheres, mas que vive em perfeito equilíbrio com as bactérias da vagina. Sempre que ocorre uma redução das bactérias os fungos entram em um supercrescimento, assim causando a candidíase — esclarece o profissional.

Quais são os sintomas da candidíase?

Os principais sintomas da candidíase são:

Coceira vaginal;

Corrimento branco e espesso;

Ardência;

Inchaço nos grandes lábios vaginais.

Como evitar a candidíase?

O ginecologista André Vinícius recomenda alguns hábitos para evitar a candidíase:

Manter a região genital seca;

Usar roupas íntimas de algodão;

Trocar de calcinha sempre que a região estiver suada;

Evitar o uso excessivo de antibióticos, especialmente sem indicação médica;

Adotar uma dieta equilibrada, que consiste na redução do consumo de açúcar e carboidratos.

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